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domingo, setembro 30, 2007

Grandes filmes: My Fair Lady

     Coube a Audrey Hepburn o desempenho do papel de Eliza Doolittle no filme "My Fair Lady", de 1964. Não sendo cantora, a voz de Hepburn foi "dobrada" pela soprano Marni Nixon. No entanto, nesta cena, que nunca chegou a ser usada no filme, é a própria Audrey Hepburn quem canta "Wouldn't It Be Lovely?", a canção introdutória em que usa o sotaque carregado das classes pobres de Londres (cockney). Junto a um mercado londrino, a vendedora de flores sonha com um quarto algures, espaçoso, muito quentinho e com muitos chocolates; os companheiros aproveitam para fazer uma pantomima, tratando-a como uma senhora da aristocracia.
     Já com a voz de Marni Nixon temos os videos de "The Rain in Spain" (onde Eliza já domina o linguajar aristocrático), "Just You Wait" (onde amaldiçoa o professor Higgins) e da valsa apaixonada "I Could Have Danced All Night".
     Esta mesma peça fora estreada anos antes (1956), com grande sucesso, nos palcos da Broadway, com o papel de Eliza Doolitle entregue a Julie Andrews — que podemos ver aqui interpretando a mesma canção, "Wouldn't It Be Lovely?". Qual delas é a melhor? Questão impossível de responder: Julie Andrews tem uma voz belíssima, mas não se trata aqui de um concurso de canto e sim de um filme. A voz mais quente e hesitante de Audrey Hepburn dá à personagem uma autenticidade tão genuína como a da interpretação de Julie Andrews.

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Passeio na marginal em dia chuvoso.

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      Durante a passada semana tiveram lugar em Sesimbra dois importantes colóquios. O primeiro deles foi uma "conversa" na Capela do Espírito Santo dos Mareantes, pela jovem bióloga Rita Sá [foto de cima], com o tema "A Pesca Responsável e o Conhecimento Ecológico Local - Qual o Papel do Pescador?". Trata-se de um trabalho de investigação que a bióloga irá desenvolver em Sesimbra, no âmbito do seu doutoramento, aplicando modelos conceptuais que têm sido desenvolvidos, por exemplo, no Canadá, e com os quais se procura juntar os "saberes tradicionais e ancestrais aos dados científicos e históricos mais recentes". É um assunto muito interessante, sobre o qual escreveu Rafael Monteiro — mas a visão deste sesimbrense, que se apoiava numa análise erudita relacionada com a Filosofia Portuguesa, era muito crítica e céptica relativamente ao conhecimento científico. Esperemos que a Dr.ª Rita Sá consiga grande sucesso no seu ambicioso projecto.
     Esta "conversa" teve a participação de uma boa assistência, onde se encontravam alguns pescadores que também participaram no animado debate, com destaque para o arrais Manuel Chochinha. Houve ainda tempo para uma estreia: Rita Sá mostrou alguns filmes sobre a pesca de arrasto de fundo, onde a câmara estava instalada na própria rede, sendo visível a acção de destruição dos fundos marinhos.
      O outro colóquio teve lugar nas antigas instalações do Clube Naval, promovido pela Liga dos Amigos de Sesimbra e teve como orador o arqueólogo municipal Luís Ferreira, que falou sobre o "Centro Histórico de Sesimbra". Este sesimbrense de gema alia a sua juventude a uma genuína paixão pela sua terra e a um sério trabalho científico. Impressiona ver o modo como ele procura compreender e explicar a história de Sesimbra, integrando intuitivamente a evidência científica, as lendas locais e a memória tradicional e geracional — note-se algum ponto de contacto com o programa da bióloga Rita Sá. Luís Ferreira tem uma grande sensibilidade para os pequenos detalhes onde a vila revela a sua personalidade e a sua história, detalhes que passam despercebidos aos apressados. Este investigador — que é responsável pela excelente exposição sobre a pesca que estará até 7 de Outubro na Escola Conde Ferreira — é o autor do texto mais completo que se pode encontrar sobre a história de Sesimbra, com ênfase no período medieval e na Sesimbra castelã, texto esse que pode ser consultado na Biblioteca mas que merecia seguramente estar já publicado em livro.
      Houve ainda um outro colóquio, bastante participado, no Grémio, sobre a Escola Pública. Mas ali senti algo semelhante ao que já sentira num outro debate, também no Grémio, há uns anos, nessa altura com a participação do arquitecto paisagista Ribeiro Teles e do professor de filosofia Viriato Soromenho Marques. Tanto num com noutro caso os oradores fizeram excelentes intervenções de fundo e de substância sobre os temas em debate, mas a assistência estava mais preocupada com a circunstância (no caso mais recente, com o conflito entre governo e professores). Deste colóquio destaco sobretudo a intervenção de Sérgio Niza, fundador do Movimento da Escola Moderna, e aproveito para sugerir a leitura desta sua entrevista, de onde cito algo que ele também destacou no debate:

«Os trabalhadores têm instrumentos, têm utensílios de trabalho privilegiados, que também são instrumentos caracterizadores e construtores da própria profissão. Inquieta-me muito que os professores não tenham consciência de que os seus instrumentos profissionais são os instrumentos de trabalho intelectual. E que um dos seus instrumentos mais poderosos, também um dos artefactos mais poderosos da invenção humana, é a escrita. Os professores têm medo da escrita, não estão à vontade na escrita, têm medo de perceber que ela é decisiva para a construção das aprendizagens dos alunos, parecem ignorar que o falar e o escrever é que constroem o conhecimento.»

Sérgio Niza

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sábado, setembro 29, 2007

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Campanha contra a poluição do mar a partir de embarcações, evitando deitar lixo pela borda fora. Veja o folheto aqui →

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Gente da Terra: Lício Aldeia.

sexta-feira, setembro 28, 2007

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Antiga praia da doca.

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Festas da N. S.ª do cabo Espichel, em Sintra. Imagem facultada por Vitor rotiV.

É já no próximo Domingo que tem lugar a procissão de Nossa Senhora do Cabo, momento nobre dos festejos que duram vários dias (programa em baixo).

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quinta-feira, setembro 27, 2007

Grandes filmes [1]


"O Feiticeiro de Oz".
Judy Garland canta 'Somewhere Over the Rainbow'.


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Gente da terra.

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     A limpeza realizada na Alfarrobeira há dias, para a qual contribuímos com a nossa chamada de atenção, já a libertou dumas trepadeiras parasitas que estavam a tomar conta dela. Entretanto, a limpeza feita colocou bem à vista os cortes selvagens que foram feitos em anos anteriores, e que desfiguraram completamente esta árvore centenária e de valor histórico.
     Esta fotografia, tirada hoje mesmo, revela qual a origem do problema da Alfarrobeira: a prioridade tem sido dada ao trânsito, cortando-se-lhe as ramadas para "facilitar" a vida a automóveis e camionetas. Como se pode ver, o alcatrão vai quase até ao tronco da pobre árvore e foi retirada a terra onde se apoiava, prejudicando o seu desenvolvimento. O facto de estar a ser construído um grande bloco de apartamentos ("Apartamentos da Alfarrobeira"), poucos metros acima, com a consequente impermeabilização do solo, ainda agrava mais este problema.
     Terá de ser um especialista a estudar uma solução, mas parece evidente que a estrada terá de ser deslocada, de modo a permitir a criação de uma caldeira em torno do tronco, e por forma a que as ramagens se desenvolvam naturalmente.

Referências anteriores: [ 3 de Agosto ] [ 26 de Junho) ]

terça-feira, setembro 25, 2007

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Reconstituição da Lota na praia.

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Inquérito de opinião publicado no jornal 'O Sesimbrense', em 5 de Agosto de 1973, sobre a mudança da Lota da praia para um edifício no Porto de Abrigo. A reportagem feita por Carlos Baptista (Caji), João Augusto Aldeia e Linda Maria, sob a orientação de Rafael Monteiro, integrava-se num conjunto de artigos e reportagens com o objectivo de apoiar a criação de um Parque Marítimo de Sesimbra. A proposta, que foi entregue ao governo no dia 18 de Janeiro de 1974, enfrentava um grande obstáculo, pois propunha proibir a pesca de arrasto nesta costa, afrontando o homem que mandava nessa frota, o Almirante Henrique Tenreiro. Poucos meses depois dar-se-ia a Revolução de Abril, eliminando os obstáculos que poderiam impedir a criação do Parque Marítimo, mas o assunto foi simplesmente esquecido pelos novos poderes.

segunda-feira, setembro 24, 2007

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Está quase a sair o 4º livro da Saga das Pedras Mágicas, da autoria da jovem sesimbrense Sandra Carvalho. De facto, é já no próximo dia 2 de Outubro que terá lugar o lançamento de "O Círculo do Medo", cuja capa aqui divulgamos. Mais uma vez, parabéns à Sandra e votos de continuação do seu grande sucesso.

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     Ontem, um regalista navegando ao largo do Risco e bastante afastado da costa, deparou-se com este tubarão martelo, que fotografou com um telemóvel. A seguir telefonou para as autoridades marítimas (e provavelmente também para alguma estação televisiva). Resultado: na praia da Califórnia foi hasteada a bandeira vermelha, um banheiro andou a avisar as pessoas para saírem da água, e a RTP mandou uma equipa fazer uma reportagem, que foi depois emitida no telejornal.
     Os ataques de tubarões, que apesar de tudo são raros, ocorrem apenas em zonas onde existem grandes populações das espécies mais agressivas. É ridículo pensar-se que um pobre tubarão-martelo de pequenas dimensões - temos cá tubarões azuis com o dobro do tamanho - poderia colocar em perigo algum banhista. Não é frequente avistarem-se tubarões-martelo nas nossas águas, mas já tem acontecido, tal como acontece com outras espécies atípicas destas paragens: o mar é aberto e nada impede um bom nadador de passear pode onde lhe apetecer. Aqui, a ameaça do tubarão é que foi metida a martelo.
     É caso para dizer: quando não há problemas, inventam-se. Mas nem tudo foi prejuízo: o regalista lá conseguiu uns segundos de fama televisiva, a equipa de reportagem veio dar um passeio pago pela taxa da TV e a estação pública conseguiu mais uns minutos para a quota de inutilidades.
     O que me admira é a atitude das autoridades marítimas. Acaso existirá alguma rotina montada para fechar as praias quando se avistam tubarões-martelo? E porque é que só colocaram a bandeira vermelha na Califórnia - os banhistas das outras praias não têm também direito a ser mordidos? E ficou-me ainda esta dúvida, ao saber pelo nadador-salvador que foi uma senhora da autoridade marítima que se deslocou à praia para lhe pedir que arrastasse as pessoas para fora de água: afinal é assim que funciona o sistema de alerta? Por exemplo: se houver um aviso de maremoto, vamos ter um cabo-de-mar a correr pela praia, avisando os nadadores-salvadores? Não seria mais fácil a comunicação via telemóvel? Afinal, vivemos numa era em que a tecnologia já permite que de um barco ao largo se fotografe um tubarão, fazendo-o depois passar em horário nobre televisivo.


Aditamento - Através da imprensa de hoje ficamos a saber que o caso ainda é mais ridículo do que descrevi aqui: a Polícia Marítima mandou analisar as imagens do telemóvel e espera recebê-las hoje para tirar conclusões acerca da espécie e dimensões do bicho (espero que tenham mandado para um laboratório em Inglaterra...). Além disso, parece que alguém viu uma barbatana nas águas do Ribeiro do Cavalo, e a Polícia Marítima declarou o seguinte: “Não sabemos se era o mesmo tubarão ou se é outro. Estamos em alerta”.
Eu sei que estamos em Portugal, mas mesmo assim custa a crer que a Polícia Marítima se declare alerta por causa de uma espécie que aparece com alguma frequência na nossa costa.

domingo, setembro 23, 2007

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Maria João Neto, filha do arrais António Serafim Neto, casada com Manuel Pitôrra, vestida segundo o uso antigo das mulheres de Sesimbra. (Fotografia de O Sesimbrense, 16 de Setembro de 1973).

     Nota: Quando ontem aqui publicámos a fotografia da Maria João Neto, não sabíamos que a mesma estava reproduzida na Exposição sobre a pesca que se encontra na Escola Conde Ferreira. Foi uma curiosa coincidência, tanto mais que na Exposição não está identificada a jovem sesimbrense. Mas, por outro lado, identifica-se ali o autor da fotografia, que desconhecíamos: Américo Ribeiro.
     Aproveitamos para aconselhar a todos a visita a esta Exposição, muito bem documentada sobre a pesca de Sesimbra, e onde também se encontram originais do Foral de Sesimbra, do Livro do Tombo e do testamento do mareante Sebastião Rodrigues Seromenho. Também lá se podem encontrar diversos objectos da pesca e maquetas — incluindo uma miniatura do barco mais bonito que já existiu em Sesimbra, a Canoa da Picada. Até é pena que não exista um catálogo da Exposição, reproduzindo as fotografias, objectos e textos expostos, mas creio que ainda vale a pena fazê-lo.

quinta-feira, setembro 20, 2007

Rafael Monteiro

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     No próximo Sábado, pelas 15 horas, na Biblioteca Municipal de Sesimbra, terá lugar o colóquio "Rafael Monteiro, Sesimbra e a Filosofia Portuguesa", no âmbito do qual amigos e conhecedores da vida e obra do notável sesimbrense falarão sobre a importância e o contributo de Rafael Monteiro para Sesimbra e para a Filosofia Portuguesa.
     É minha convicção que não se pode compreender Sesimbra sem compreender, antes, o que este sesimbrense descobriu e revelou sobre a sua terra. E esta compreensão estende-se desde o passado até ao futuro: Rafael Monteiro travou, no seu tempo, combates fundamentais que continuam, ainda hoje, a ser os mesmos e os mais importantes, em defesa da integridade territorial, cultural e moral da terra sesimbrense. Compreensão dos seus avanços e recuos, dos seus entusiasmos e pessimismos, mas, sobretudo, da sua extraordinária vitória sobre a ignorância e o obscurantismo, num caminho árduo por onde, como diz um fado, "só passa quem souber".

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     Planta da Vila de Sesimbra, do período entre 1568 e 1570, com desenho de ruas e quarteirões, e estudo para a construção de um grande forte envolvendo a vila. Este forte nunca foi construído, tendo-se optado por uma pequena muralha ao longo da praia, da qual já não existem hoje vestígios. A Fortaleza de S. Tiago só viria a ser construída cem anos depois, em 1648.
     É bastante visível a principal via de entrada na vila, hoje Ruas Ramada Curto/Cândido dos Reis, à qual se encostava a Capela de S. Sebastião. O traçado das actuais ruas Joaquim M. Pólvora (R. do Forno), Eça de Queiroz, da Caridade, da Esperança, da Fé e Largo Infante D. Henrique (da Torrinha), já ali estavam bem desenhados, bem como a actual Rua da República. Também estão claramente assinalados dois rios, um correndo desde o grande vale de Sesimbra (actualmente sob a Av. da Liberdade) e outro correndo no vale a nascente deste (actualmente sob a zona da Rua Amélia Frade). Curiosamente, a planta sugere que já nesta altura se encontravam encanados sob algumas das casas, até confluírem, de novo a céu aberto, no actual Largo de Bombaldes e correndo depois pela praia até ao mar.
     Outro aspecto interessante revelado pela planta é que a zona onde foi depois construída a Fortaleza estava, pelo menos em parte, ocupada com edificações.
     Um aspecto curioso deste projecto é que tinha uma zona mais fortificada a nascente, uma "cidadela" destinada à guarnição e governo militar, separada e defendida do resto da vila por muralhas e um fosso (cidadela cujo extremo nordeste ficaria sobre o Calvário). Tratava-se, afinal, de uma filosofia idêntica à do castelo medieval, onde existia a alcáçova, destinada à elite, melhor defendida do que o resto da povoação, embora esta também estivesse protegida por muralhas (a denominada "cerca"). A ideia é sempre a mesma: o conjunto fortificado destinava-se à defesa contra agressores externos, mas a alcáçova e a cidadela destinavam-se à defesa da elite contra o povo da terra, que de vez em quando também se revoltava.
     O original desta planta encontra-se na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, e deve ter ido parar ao Brasil quando a corte para ali se mudou em retirada estratégica face às invasões napoleónicas. Uma análise da planta e do seu contexto histórico foi feita por Rafael Moreira e encontra-se publicada no livro "Sesimbra Monumental e Artística", que pode ser consultado na Biblioteca de Sesimbra (página 188).

quarta-feira, setembro 19, 2007

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Construção junto à Marconi.
O mesmo local, há uns meses atrás:

segunda-feira, setembro 17, 2007

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Tubarão Frade, Sesimbra (anos 80)

domingo, setembro 16, 2007

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João Cláudio, Reinaldo Nunes e Paulo Adelino: o Conjunto de Cordas de Cezimbra no Quilombo de Santiago (Venda Nova, Sesimbra). Música e convívio de alto nível.
Valeu, Reinaldo!

sexta-feira, setembro 14, 2007

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Planta hidrográfica da "Enseada de Cezimbra", de 1926, com correcções de 1928 - imagem facultada pelo leitor Vitor rotiV. Note-se a implantação da "praia de água doce", que antecedeu a "praia da doca" (ou "do ouro", como também se designou). Repare-se também nos curiosos topónimos marítimos e terrestres: Resto Gordo, Poceirão, Cambalhotas, Vila Alcina, Albardeiro, Casal Pompilo (Pompílio?), entre outros mais conhecidos.

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"¿Chove?. Domingo 9 de Setembro" - foto de Tatiana Sánchez

quinta-feira, setembro 13, 2007

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Sesimbra.

quarta-feira, setembro 12, 2007

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     Eis outro sesimbrense em destaque no estrangeiro: o eng. António Júlio Cruz (na foto, à direita), que irá dirigir na Venezuela um curso para Juízes de Pesca Submarina. Este sesimbrense - filho do Maestro António Cruz, recentemente falecido - tem dedicado toda a vida às actividades náuticas e ao mergulho em particular, foi durante duas décadas Juíz Internacional e é actualmente Presidente Mundial da modalidade, eleito em congresso da CMAS - Confédération Mondiale des Activités Subaquatiques, e tem participado em inúmeras actividades de projecção internacional. Informações sobre este curso de Juízes podem ser consultadas aqui → →.
     Recorde-se, a propósito, que no próximo ano se comemorarão os 50 anos do primeiro Campeonato Mundial de Pesca Submarina, que teve lugar precisamente em Sesimbra. A projecção internacional que deu a esta vila contribuiu muito para a colocar nas rotas do turismo internacional. As nossas entidades ligadas a este desporto - e o António Júlio Cruz - andam a preparar uma comemoração condigna, havendo a ideia de reunir em Sesimbra alguns dos pioneiros participantes nesse campeonato. Um grande obstáculo tem sido colocado pelo fundamentalismo do Parque Natural da Arrábida, que nem sequer para uma comemoração desta importância admite criar uma excepção que permita uma pequena actividade, meramente simbólica, de caça submarina, durante estas comemorações.
     Aquele ano de 1958 ficou ainda assinalado pela obtenção, em Sesimbra, de dois recordes da Europa e do Atlântico Oriental, que ainda hoje se mantêm: o maior espadarte e a captura de dois espadartes no mesmo dia, pelo mesmo pescador, Augusto Villas Boas, respectivamente com 259,5 kg e 144,5 kg (referido aqui → →).


Flávio Paixão
Real Jaén

Fábio Ferraz (Tiquinho)
AEL Limassol

Hélio Roque
AEL Limassol
Jovens de Sesimbra a jogar em clubes estrangeiros (veja-se o comentário de Gaspar na entrada sobre Marco Paixão).

Passagens

     O escritor José Cardoso Pires tinha uma curiosa expressão para identificar livros, ou autores, que não apreciava: "passo bem sem ele". (  — "Então qual é a sua opinião sobre o escritor fulano de tal?"   — "Passo bem sem ele."   — "E sobre o livro tal?"   — "Passo bem sem ele.")
     Já António Lobo Antunes diz que tem dificuldade em não gostar seja de que livro for, embora tenha uma lista restrita dos que gosta mais.
     O escriba passou-me o testemunho de uma estafeta destinada a revelar "dez livros que não mudaram a minha vida". Trata-se de uma brincadeira, como é óbvio, mas mesmo assim tenho dificuldade em ser tão agressivo com um livro. Faz lembrar a desagradável frase de José Cardoso Pires, carregada dum indisfarçável desprezo:   — "Passo bem sem ele." Nenhum livro merece isso. Sabe-se que há pessoas que não conseguem ler certos livros, mas o problema reside talvez nessas pessoas, não nos livros — e não me refiro a analfabetismo, mas sim a iliteracia e preconceito.
     Há certamente muitos livros que não mudaram a minha vida: salvo erro, todos os que existem (a famosa montanha de papel do conhecimento). Mas, no seu conjunto, os livros mudam a vida de todas as pessoas, mesmo daquelas que não leram nenhum. Neste caso, como seleccionar 10 livros? Apenas utilizando um outro qualquer critério. Por exemplo: "os últimos dez livros que folheei", ou "os primeiros dez livros de lombada azul na estante de literatura portuguesa da Biblioteca de Sesimbra", ou ainda "dez livros de que ando há tempo a tentar lembrar o título e não consigo". Mas, assim, o verdadeiro critério de selecção seria este último e não o inicialmente proposto.
     É sabido que não há livros bons ou maus, apenas bons e maus leitores. Por tudo isto o escriba vai ter que ter paciência, mas desta vez passo
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segunda-feira, setembro 10, 2007

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Em Junho de 2005 fizemos referência à ida dos gémeos Marco e Flávio Paixão para o Porto (aqui → →). Agora o nosso leitor Pedro Mendes — a quem agradecemos — informa que eles se encontram a jogar em Espanha, e envia-nos estas fotos de Marco Paixão, que está ao serviço do Logroñés CF. A ficha do jogador na página do clube pode ser consultada aqui → →.

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sábado, setembro 08, 2007

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Código de Posturas da Câmara Municipal do Concelho de Cezimbra - 1893.
(imagem facultada pelo leitor rotiV)

sexta-feira, setembro 07, 2007

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quinta-feira, setembro 06, 2007

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quarta-feira, setembro 05, 2007

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José Palmeirim, agricultor e almocreve (à direita) e o seu empregado Justo.

domingo, setembro 02, 2007

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sábado, setembro 01, 2007

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Filipe de Jesus Pinhal, o novo presidente do banco Millennium-BCP, é natural de Sesimbra, da freguesia do Castelo. Estudou, como muitos outros sesimbrenses, na Escola Industrial e Comercial Emídio Navarro, de Almada, embora nessa altura já não residisse no concelho. Ainda que o cargo de presidente deste banco seja um lugar de grande relevo, há já muito tempo que desempenhava funções importantes na banca portuguesa, tendo sido vice-presidente do BCP durante muitos anos. Filipe Pinhal esteve também ligado ao lançamento da "Nova Rede", um conceito inovador que antecipou muito do que é actualmente o ambiente das agências bancárias, que foi pioneiro em portugal das estratégias de segmentação de mercado e venda cruzada ("cross-selling"), e que tem sido objecto de estudo em muitas escolas de gestão das grandes universidades internacionais. Votos de sucesso nas suas novas funções!

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