Marin Marais (1656 - 1728) Sonnerie de Ste. Genevieve du Mont de Paris [ 8:07 ]
Comemoram-se hoje os 350 anos do nascimento de Marin Marais. Notável gambista (tocador de viola de gamba), foi solista da orquestra real e da Academia Real de Música, sendo sem dúvida, juntamente com Forqueray, o maior gambista do seu tempo e o melhor compositor para esta família de instrumentos. Morreu em Paris, em 15 de Agosto de 1728.
O seu talento melódico e a sapiência da sua escrita instrumental fazem dele um dos grandes compositores franceses do século XVII. Escreveu 4 óperas, 5 livros de peças para uma e 2 violas, peças em trio (flauta, violino, viola soprano), entre outras obras.
"Marin Marais o velho senhor, o calmo francês do antigo regime. Época de calmas reflexões, num tempo suspenso e quase perpétuo, mas tão instável que ainda em sua vida a viola de gamba já declinava, François Couperin e Forqueray ainda compuseram para a viola, mas os prenúncios de outros sons já ecoavam no ocaso da vida tranquila de Marais. O que me impressiona na obra de Marais é uma subtileza profunda, uma riqueza de timbres, a exploração de ressonâncias, ao mesmo tempo tão próprias do seu tempo, mas que o transcendem para atingir o infinito."
Podcast do programa Musica Aeterna, da Antena 2, emitido no passado dia 27 e dedicado ao "Barroco francês: Os 350 anos do nascimento de Marin Marais" (2h:3m:23s):
Celebra-se hoje o Dia do Pescador, que em Sesimbra é assinalado com várias iniciativas, de que se destacam a abertura da Semana do Peixe Espada Preto, uma palestra sobre "Histórias do Mar" e o visionamento dos filmes "Xávega do Meco", de António Proença e "Tarde Demais", de José Nascimento.
Neste mesmo dia ocorre uma greve nacional de todos os pescadores, em defesa da sua actividade, muito afectada pelo aumento dos preços dos combustíveis. Algumas artes de pesca adquirem o gasóleo ao preço "verde", mas ainda assim a um valor mais elevado do que acontece em Espanha e França, onde os governos concederam maiores descontos no preço deste combustivel. Mas em Sesimbra a situação da pequena pesca costeira ainda é pior, pois os seus pequenos motores não beneficiam de qualquer redução no preço da gasolina. [leia a notícia no Diário Digital].
Há lá coisa mais bonita na vida de um adolescente do que fugir de casa para ver o mar pela primeira vez, mesmo que afinal lhe tenha parecido mais triste do que na televisão?
Para a sua canção "Pájaros de Portugal", Joaquín Sabina inspirou-se livremente num caso verídico, uma aventura ocorrida em Agosto de 1997, quando dois rapazes de 17 anos e duas raparigas de 14 - Estela e Núria, na foto - fugiram de casa e viajaram pela Espanha, em carros roubados, passando depois a Portugal, até que finalmente viram o mar, em Sesimbra, num dia sem vento e com muito sol:
"Va ser al matí quan vam veure el mar. El cert és que tampoc ens interessava gaire. El vam veure des d’un pujol, a Sesimbra. No feia vent, però el sol petava fort. Ens va semblar molt gran, millor que a la tele."
Pájaros de Portugal
No conocían el mar y se les antojó más triste que en la tele, pájaros de Portugal sin dirección ni alpiste ni papeles.
Él le dijo vámonos, dónde le respondió llorando ella, lejos del altar mayor, en el velero pobretón de una botella.
Despójate del añil redil del alma de nardo con camisa.
Devuélveme el mes de abril, se llamaban Abelardo y Eloisa, arcángeles bastardos de la prisa.
Video-clip da canção, que também pode ser visto aqui ou aqui. A história está contada em detalhe - e em catalão - no blogue Diari de Cuernavaca
A menina que tirou esta fotografia diz que é da Terra Dos Buracos (Quinta do Conde). Mais fotos aqui. No blogue da mesma jovem encontra-se um poema de Carlos de Oliveira:
Se ao morrer o coração, Morresse a luz que lhe é querida, Sem razão seria a vida, Sem razão.
Trata-se do poema Livre, que, com música de Manuel Freire, foi muito popular como canção de "protesto", antes da Revolução de Abril de 1974. Cantar a liberdade, naquele tempo, significava essencialmente a liberdade política. Suponho que para uma jovem dos nossos dias possa ter um significado muito diferente. E de facto, lendo de novo o poema, vê-se que ele não tem de estar, necessariamente, aprisionado a uma única interpretação: o próprio poema o afirma.
Repare-se naquela frase: "nada apaga a luz que vive num amor (...) porque é livre como o vento." Clandestinamente, esta afirmação tão pouco militante, esteve ali escondida, à vista de todos, oculta pelo significado mais evidente (naquele tempo em que a canção foi criada) do manifesto político relativo à liberdade de pensamento.
Nasceu mais um blogue pexito, o Caneiro, da autoria de um Pexito de Gema que tem saudades do tempo "em que Sesimbra era Sesimbra".
Curiosamente, a fotografia que o Caneiro inclui no seu blogue e que reproduzimos acima, foi uma das primeiras fotografias antigas de Sesimbra que eu digitalizei e coloquei na Internet, e que depois a Gina Coelho - outra pexita de gema - colocou na primeira página que existiu na Internet sobre Sesimbra, criada por ela em 1997 - há quase 10 anos! Essa página pode ser consultada aqui. Quem estiver interessado em fazer a história de "Sesimbra na Internet", pode ir tomando notas.
O World Wildlife Fund anda a recolher assinaturas para solicitar às "autoridades portuguesas, locais e nacionais, que aprovem o projecto" da Mata de Sesimbra. A petição, que se encontra em linha aqui, já tinha, esta manhã, 4.180 assinaturas.
No documento, que tem como título: "Apoiemos uma vida sustentável em Portugal", lê-se que "este projecto, apoiado pelo WWF e pela Bioregional, recuperará e conservará 4.600 hectares de floresta degradada, e fechará 11 pedreiras; os edifícios e o empreendimento no seu todo atingirão rigorosos objectivos de zero-desperdício e zero-carbono; os agricultores e empresas locais beneficiarão de um sistema de certificação e o projecto criará 11 mil empregos."
Eu próprio tive a oportunidade, logo na primeira sessão de esclarecimento do período de consulta pública, de colocar algumas dúvidas quanto ao "localismo" do abastecimento de produtos para o empreendimento, que a informação divulgada nessa reunião indicava ser originária, em grande percentagem, de um raio de 50 km. Ora, não só o raio de 50 km cobre Lisboa, como as leis comunitárias sobre a concorrência proibem qualquer limitação deste tipo.
Por outro lado, os objectivos zero-desperdício e zero-carbono não me pareceram assim tão taxativamente identificados na informação então distribuída. O que me pareceu ler é que serão incorporadas no projecto medidas que têm em vista a eficiência energética e a redução de desperdício (como por exemplo o aproveitamento de águas das chuvas e reaproveitamento das águas residuais domésticas), mas sem o objectivo "zero", que me parece muito difícil de obter, por qualquer empreendimento, numa sociedade que ainda não está organizada nesse sentido.
Esta argumentação provoca-me muitas dúvidas, apesar de eu considerar o projecto urbanístico em si como muito positivo, tendo apenas algumas reservas quanto à garantia da execução do efectiva do plano de gestão ambiental da Mata de Sesimbra. O nosso pobre nível de organização colectiva ainda determina que muitas das boas-intenções de processos de urbanização sejam alteradas e parcialmente desvirtuadas, no decurso da respectiva execução. Ora esta possibilidade é tanto mais provável aqui porquanto a Mata de Sesimbra é um processo inovador em muitos aspectos, e onde os imponderáveis serão maiores do que em qualquer outro projecto.
Em todo o caso, não deixo de salientar que se trata de um projecto urbanístico de grande qualidade e que prevê a dinamização de um tipo de turismo que é o mais adequado para aquela zona. O projecto de renaturalização da Mata é também muito importante e deveria estar a ser defendido vigorosamente pelos ambientalistas, se defendessem verdadeiramente o Ambiente. Mas estes, envolvidos numa espiral de sectarismo típica dos processos partidários, não estão dispostos a deixar nenhum trunfo às empresas, que parecem odiar, como se viu nas sessões de esclarecimento. E o ódio, como se sabe, não é bom conselheiro.
Humoreske para violoncelo e piano de Leone Sinigaglia (59 s. - excerto)
Guilhermina Augusta Xavier de Medin Suggia (27.Jun.1885 — 30.Jun.1950) foi uma notável violoncelista portuguesa. Iniciou a sua carreira internacional aos dezassete anos, equiparando-se aos melhores intérpretes do seu tempo, nomeadamente Pablo Casals. Viveu no Porto, sua terra natal, mas Londres foi o centro da sua actividade musical.
Blogue de Virgílio Marques e Catarina Campos, dedicado à violoncelista Guilhermina Suggia.
Descobri este texto acidentalmente ao procurar no blogger pela palavra "Sesimbra". Há ali apenas uma referência fugidia à vila, mas o texto merece uma leitura atenta: - "Adeus, pai!..."
Mais abaixo, na entrada Perdidos e achados, foi feita referência à Adoração dos Pastores, pintura escondida por baixo de uma outra. É essa pintura, "destapada" pelo Instituto Português de Conservação e Restauro, que é apresentada acima. O original encontra-se na Capela do Espirito Santo dos Mareantes (CESM).
O autor é desconhecido, existindo várias possibilidades: Gregório Lopes, Garcia Fernandes, ou mesmo André Gonçalves, pintor que "até à data não tem obra identificada, mas segundo investigações recentes (...) passou cerca de 20 anos em terras da península de Setúbal e do Vale do Sado" [hipótese referida pelo professor Fernando António Baptista Pereira].
Em Inglês designa-se "Deep Water Soloing", e trata-se de fazer escalada em zonas rochosas junto à costa, de modo a que qualquer queda resulta apenas... num banho.
O blogue Escalada Dubufo anuncia um encontro desta modalidade para os próximos dias 27 e 28 de Maio, em Sesimbra.
Fotografei esta família na zona do Cabo Espichel, há muitos anos. Era no tempo em que a apanha de algas constituía um negócio florescente, sendo feita por recurso a vários métodos: mergulho de escafandro (em geral, não autónomo), arrastado da superfície directamente para bordo, ou ainda apanhado à mão nas praias para onde o mar o atirava.
Este último método era o menos produtivo, mas não obrigava a qualquer investimento, nem em barco nem em equipamento de mergulho, pelo que atraía alguma mão-de-obra mais desafortunada, como era o caso desta família de imigrantes do limo, que vivia numa barraca de colmo.
O artigo "Imagens perdidas, imagens achadas", de António João Cruz, apresenta vário exemplos de pinturas reveladas pelos raios X no Instituto José de Figueiredo, que se encontravam ocultadas por outras feitas por cima. Como exemplos são apresentados alguns painéis de Sesimbra:
Adoração dos Magos, pintura sobre madeira de finais do século XVI (Museu Arqueológico Municipal, Sesimbra)
Radiografia do mesmo quadro, que mostra uma pintura subjacente tendo como temática a Nossa Senhora do Rosário
Adoração dos Pastores, pintura sobre madeira de finais do século XVI (Museu Arqueológico Municipal, Sesimbra)
Radiografia do mesmo quadro, em que é visível uma pintura subjacente representando o Pentecostes
João de Sousa Carvalho nasceu em Estremoz no dia 22 de Fevereiro de 1745. Começou os estudos musicais aos oito anos, em Vila Viçosa, que continuou, aos quinze anos, em Itália. Em Portugal foi professor de contraponto e mestre de capela no Seminário da Patriarcal, em Lisboa. Em 1778 foi nomeado professor de Música da Corte. Da sua vasta produção destacam-se as óperas l'Amore Industrioso (1769), Testoride Argonauta (1780), bem como as serenatas Perseo (1779) e Penelope nella partenza da Sparta (1782).
A Tocata em Sol menor é uma peça muito conhecida e frequentemente tocada, mas existem dúvidas sobre a sua atribuição a Sousa Carvalho, como se pode ver nesta crónica de Cristina Fernandes publicada no blogue Crítico. Composta originalmente para cravo, surge aqui tocada em piano por Felicja Blumental (gravação da Brana Records).
Embora ainda só com dez anos, a Sara, que mora no concelho de Sesimbra, iniciou o seu blogue "Amiguinhos", onde explica, de forma sucinta, quem é e porque criou este blogue - ao qual desejamos as maiores felicidades.
[fotografia do blogue 'Couleur Alentejo' ] [ clique para ampliar ]
O blogue Couleur Alentejo fez uma bela viagem no navio Creoula - um antigo lugre bacalhoeiro, de 4 mastros, actualmente ao serviço da Marinha Portuguesa - entre Setúbal e Sesimbra, com algumas manobras pelo meio. Da viagem fez um relato com o título "Elogio a Marinha Portuguesa".
A viagem parece ter-se integrado nas manobras navais que têm feito evoluir diversos navios da Marinha na nossa costa. É curioso verificar - na foto reproduzida acima - que ainda existem alguns "doris" a bordo daquele navio.
De 17 de Maio a 24 de Junho decorrerá na Sociedade Nacional de Belas Artes uma exposição da fotógrafa canadiana Denyse Gérin-Lajoie, com o tema: "Sesimbra: Retrato de uma Vila Piscatória".
Os sesimbrenses já tiveram oportunidade de ver estas obras, pois creio que foi no âmbito da inauguração da Biblioteca Municipal de Sesimbra que esteve também em exposição uma "caixa" com fotografias a preto e branco de Denyse Gérin-Lajoie sobre a vila e a pesca, as quais, provavelmente, serão as mesmas desta exposição que agora se anuncia. Trata-se, de facto, de fotografias de grande qualidade.
«Quando, há quinze anos, decidi partilhar a minha vida entre Montreal e Lisboa interessei-me fotograficamente por diferentes aspectos da vida portuguesa e em especial pela questão da pesca, questão que sempre me pareceu primordial na vida e na cultura dos portugueses. Uma região me apaixonou: Sesimbra. Ávida desta vila, onde jovens e adultos se dedicavam à pesca artesanal e onde os preparativos para as idas ao mar se desenrolavam nas próprias ruas, fascinou-me de maneira indescritível. [...] Dizem que Sesimbra foi em tempos um abrigo para piratas. Mas também foi de lá que partiram muitos dos barcos que levaram os portugueses até mares inóspitos e desconhecidos, assim como serviu de fortaleza estratégica, primordial nas lutas contra os inimigos, vindos por terra e por mar. Mas agora, na minha frente, ali estavam os homens que, desde tempos imemoráveis, arriscam a vida no mar e as mulheres que, desde sempre, ficam em terra à espera, abafando a angústia, esperando um regresso são e salvo, ambos, tanto eles como elas, vivendo simultaneamente a tradição e a modernidade. [...] As pessoas na rua, o mercado, as lojas, os restaurantes e os cafés, as janelas floridas, por vezes com peixes pendurados a secar ou roupa estendida, ao Sol, nas cordas, formavam um quadro palpitante de vida e de cor. Vinda do Norte, tudo isto me parecia um sonho, inesquecível. Um verdadeiro espectáculo, uma imensa explosão de cores. Intrigava-me também a atmosfera muito especial que se desprendia deste canto do mundo que eu desconhecia e que encontrava pela primeira vez. Disse então para comigo: um dia voltarei para fotografar a vida desta radiosa vila.»
Ao mesmo tempo decorrerá na Cinemateca Portuguesa um ciclo de dez fimes de Pierre Perrault, grande documentarista da pesca tradicional no Canadá. Serão projectadas as seguintes obras:
"Pour la Suite du Monde" - sobre os habitantes de Ille-aux-Coudres e a pesca do esturjão (17.Maio, 21.30h)
"Au Pays de Neuve-France" - 4 episódios de uma série televisiva, que passarão a 18 e 19 de Maio, às 19.30h e 22h.
"La Régne du Jour" - de novo com os habitantes de Ille-aux-Coudres: uma visita aos antepassados (23 Maio, 21.30h)
"Les Voitures d'Eau" - as "viaturas de água" são os barcos de Ille-aux-Coudres: construção e uso (25 Maio, 19.30h)
"Le Retour à la Terre" e Le Beau Plaisir"- (25 Maio, 20.00h)
"Le Pays de la Terre sans Arbres" - a caça ao caribu no nordeste do Canadá.(26 Maio, 19.30h)
"La Bête Lumineuse" - a caça ao alce (26 Maio, 22.00h)
A Sociedade Nacional de Belas Artes e a Cinemateca Nacional ficam ambas na Rua Barata Salgueiro, em Lisboa (próximo do cimo da Avenida da Liberdade).
[ clique para ampliar ] Chicorium intybus Sesimbra coordenadas: 38 26 42 N 9 05 55 W
Esta planta comum, de cujas raízes se obtém um conhecido substituto para o café, começou a florescer nos últimos dias, sobretudo à beira dos caminhos e estradas, podendo mesmo encontrar-se nalguns recantos da vila. É possível que passe despercebida à maioria das pessoas, como mais uma "erva", e, no entanto, as suas flores de cor azul intenso são de grande beleza.
No blogue Sesimbra e a sua beleza, recentemente iniciado, a pexita apresenta uma bela sequência de fotografias da terra. Entre elas encontra-se esta extraordinária imagem, com uma panorâmica que impressiona pelo facto de quase não se ver uma única casa ou edifício. A zona abaixo dos pinheiros é Branca Gil, onde morei durante muitos anos - numa casa que ainda lá não estava nesta altura.
O morro em primeiro plano é o Outeiro Redondo, onde existem numerosos vestígios de um povoado neolítico. Para a direita da fotografia ficaria a Quinta da Barquinha e o cruzamento para a Corredoura e castelo.
Sesimbra, por fora e por dentro: as grutas, a fauna cavernícola e a sua ecologia
Ana Sofia Reboleira, Fernando Correia
"Povoadas por inúmeras lendas e mitos, as grutas são cápsulas do tempo que conservam importantes registos para a construção da nossa identidade, dado que os seres humanos aqui se abrigaram nos princípios da humanidade e deixaram vestígios pré-históricos para memória futura da sua presença", explica Sofia Reboleira. "Mas, talvez mais importante que o passado, é dar a saber que estas albergam hoje estranhas formas de vida, permitindo reinterpretar a história da vida na terra e de como ela se transforma para sobreviver em ambientes tão inóspitos e extremos.", afirma ainda a especialista em fauna cavernícola.
"Exatamente por o tema ser tão singular e estranho, tivemos especial cuidado em criar e estruturar esta obra segundo uma linguagem acessível e motivadora, embora funcional e construtiva no edificar de um saber especial", argumenta Fernando Correia. O responsável pela ilustração da obra salienta: "Fizemos um grande esforço para que isso mesmo sobressaísse quer no discurso escrito, quer ao nível visual, por forma a impulsionar a leitura, e, de caminho, ajudar também a promover a exploração do concelho sob outros olhos. Procurámos construir um livro que cativasse e ensinasse de forma entusiástica — mas sem que pareça uma lição ou sem perder a necessária objectividade e correção científica — e onde a forma como se divulga a Ciência mais atual seja a adequada para a multitude de públicos a que a destinámos."
Além do especial cuidado dedicado ao texto escrito por ambos os biólogos (que contempla várias investigações desenvolvidas no concelho), foi feito um grande esforço para ilustrar profusamente o livro com imagens também inéditas, fotografias e ilustrações, esteticamente interessantes e sumamente didáticas (ao qual se adiciona um design sóbrio, mas fluido).
De realçar que as ilustrações são ilustrações científicas e, como tal, criadas propositadamente para complementar e, às vezes, suplementar, o discurso científico da obra, tornando-a, na perspectiva de um todo, muito mais completo e instigante à descoberta.
Os homens do mar de Sesimbra são sábios. Sempre souberam transmitir o seu conhecimento aos aprendizes atentos, aos capazes,
como escreveu Álvaro Ribeiro, de aceitar a audiência antes da evidência. Grau a grau, ou degrau a degrau, se ascende de moço a arrais, passando por companheiro.
Rafael Monteiro
★
Gama, Cão ou Zarco
Não nasceram aqui.
Quem nasceu aqui foi o barco.
António Telmo
Marés em Sesimbra / Tide table [ mare.frbateaux.net ]
Fotos TrekEarth Photos.
Pesqueiros de Sesimbra (fishing sites)