Bonés há muitos, mas este...
... este é o novo boné do Grupo Desportivo de Sesimbra, destinado a promover a imagem do clube | |
Nova Biblioteca
Já fui à nova biblioteca e já recebi o novo número de leitor (nº
2 - devia ter-me levantado mais cedo...). Todo o edifício é de excepcional qualidade, desde as salas de leitura até ao auditório, cuja primeira actividade, na inauguração de Sábado passado, foi um concerto de Jazz.
É este edifício que deve passar a constituir o verdadeiro "centro cultural" de Sesimbra, com a realização de actividades como exposições, palestras, concertos, cinema, teatro, etç. Digo isto porque há algumas pessoas, certamente bem intencionadas, que se lembraram agora de propor que a Fortaleza seja transformada num "centro cultural". Devem estar a imaginar ali salas com artistas a pintar, a fazer artesanato, etç. Mas seria uma visão restrita do que é um centro cultural: nunca poderia ser uma "fábrica" para empregar ou alojar artistas, o que restringiria o apoio a um número muito limitado de artes e de pessoas. A ideia de que a cultura prospera apenas com a construção de mais e mais equipamentos é apenas a versão "culta" do logro em que o nosso país caíu ao canalizar os fundos comunitários para edifícios, pontes e autoestradas, desvalorizando o factor humano. O país não precisa de gastar mais dinheiro em edifícios - mas sim de utilizar bem os que já tem.
A Biblioteca de Sesimbra - como outras bibliotecas das nossas cidades de província - pode e deve polarizar a actividade cultural da vila e do concelho. No passado, quer a Biblioteca Gulbenkian quer o Cinema João Mota, constituíram as verdadeiras "janelas" de cultura que estiveram disponíveis para que os sesimbrenses se transformassem em cidadãos do mundo. A inteligente união destes dois equipamentos num só edifício, revela não só economia de meios, como visão estratégica.
Helena Laureano, ontem, na SIC, apresentando a nova peça de teatro onde contracenará com Rute Marques e Miguel de Melo. | | |
Regata de Aiolas
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Retrato de uma princesa desconhecida
Fátima Preto, modelo e actriz. [ clique na imagem para ampliar ] | | |
Como se pode ver pela foto, com inclinação para as artes náuticas, certamente por descender da ilustre família de mareantes de Sesimbra referidos por Rafael Monteiro:
Século XVGomes Preto, o moço, que tomou parte na conquista de Arzila em 1471, sendo então armado Cavaleiro
João Gomes Preto - Piloto, dono das caravelas “Santo António” e “Estrelim de Flandres”
Século XVIDiogo Preto Olival
Diogo Preto Vaz – Armador-mandador
Estevam Preto - Capitão
Francisco Vaz Preto - mandador da armação “Balieira”
Francisco Preto - Capitão-Mór
Gomes Preto, Capitão-caraveleiro; resgatado aos mouros em 1582
Gonçalo Preto, Capitão-caval.º
João Preto
João Preto Vaz, Mestre Piloto, que andou nos mares da China
João Vaz Preto
Luís Preto – Piloto
Pedro Preto - que andou nos mares da Índia; foi um dos Capitães da armada de D. João de Castro
Rodrigo Preto - Capitaneou a caravela “St. António”
Século XVIIÁlvaro Preto – Piloto
Baltazar Preto – Piloto, que capitaneou a nau “Santiago”
Baltazar da Costa Preto, Piloto
Braz Preto – Piloto
Gomes Preto – Capitão da nau “St. António”
Gomes Preto Patela – Capitão de Mar-e-Guerra
Luís Preto Marques – Piloto; resgatado aos mouros em 1647
Manuel Preto Vaz – Piloto
Policarpo Preto – Piloto dos mares de Bengala
Sebastião Preto Vogado – que se bateu na baía de Sesimbra contra um navio turco, apresando-o
João Preto Vogado – morto heroicamente em Ceilão em luta contra os holandeses
Francisco Preto - morto heroicamente em Ceilão em luta contra os holandeses
(estes três últimos eram irmãos, filhos de Estevam Preto)
Por qualquer motivo, faz lembrar aquele poema de Sophia de Mello Breyner Andresen, "Retrato de uma princesa desconhecida":
Para que ela tivesse um pescoço tão fino Para que os seus pulsos tivessem um quebrar de caule Para que os seus olhos fossem tão frontais e limpos Para que a sua espinha fosse tão direita E ela usasse a cabeça tão erguida Com uma tão simples claridade sobre a testa Foram necessárias sucessivas gerações de escravos De corpo dobrado e grossas mãos pacientes Servindo sucessivas gerações de príncipes Ainda um pouco toscos e grosseiros Ávidos cruéis e fraudulentos
Foi um imenso desperdiçar de gente Para que ela fosse aquela perfeição Solitária exilada sem destino |
Pintura de A. E. Roque, obtida aqui.
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Ministro "explica" o POPNA
Notícia do jornal Público:
"O ministro do Ambiente, Francisco Nunes Correia, vai ao Parlamento explicar aos deputados o Plano de Ordenamento do Parque Natural da Arrábida (POPNA), na sequência de uma proposta aprovada hoje na Comissão Parlamentar de Ambiente."(continuação da notícia)
Concentração de protesto
Aspecto da concentração desta manhã,
junto ao monumento ao Pescador
(Cartaz com fotografias da antiga lota na praia,
e uma imagem da marginal após as obras recentes.)
O conjunto Nova Galé animou a concentração cantando:
Levante-se ó tio António Ai não se deixe ficar Sesimbra está em perigo Devolvam o nosso mar.
Ai quem ó Sesimbra Te não há-de de amar Tu és uma rosa Viradinha ao mar. |
Pormenor dos manifestantes, já próximo
do final, observando o desfile de barcos.
Pormenor do desfile de barcos.
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Sesimbra protesta
João Narciso explica na RTP as razões dos pescadores
Desde as 6 horas da manhã de hoje que a entrada da barra do porto de Sesimbra se encontra bloqueado por embarcações de pesca, encontrando-se também encerrados os diversos serviços portuários. Às 10 horas da manhã terá início uma paralização das diversas actividades económicas e administrativas em toda a vila, em solidariedade com os pescadores em luta contra o regulamento do Parque Marinho, estando prevista uma concentração junto ao monumento dos pescadores. As acções de protesto deverão terminar ao meio-dia. A Câmara Municipal também decidiu o encerramento dos serviços da autarquia neste período.
Desde cedo que as televisões têm estado a fazer a reportagem em directo das acções de protesto.
Porto de abrigo com embarcações a bloquear a entrada.
Reportagem na RTP1.
Pescador entrevistado pela televisão.
João Vizinho apresentou as razões da náutica de recreio,
também solidária com este protesto.
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Restrições à pesca
A Resolução de Conselho de Ministros 141/2005 estabelece as seguintes restrições à pesca profissional (veja-se o mapa com as áreas referidas, mais abaixo)
Área de Protecção Total - Nesta área não é possível a pesca, pois a presença humana só é permitida nas seguintes situações:
a) Por razões de investigação e divulgação científica;
b) Para monitorização ambiental e para a realização de acções de conservação da naturea e de salvaguarda dos interesses que levaram à classificação da área;
c) Por razões de vigilância e fiscalização
d) Em situações de risco e calamidade;
e) Em passagem inofensiva de embarcações, paralelamente à linha de costa, a uma distância superior a um quarto de milha.
Áreas de Protecção ParcialÉ interdita toda a pesca comercial, com excepção da pesca com armadilhas de gaiola e da pesca à linha com toneira, a distâncias não inferiores a 200 metros da costa [esta excepção não é aplicável à área do Portinho da Arrábida]; a pesca lúdica é proibida em todas as suas modalidades.
Áreas de Protecção ComplementarNestas áreas, em termos de pesca profissional, está proibida a rejeição de pescado ao mar e a pesca de ganchorra e restantes artes de arrasto - embora nas praias da Califórnia e do Ouro, em Sesimbra, se possa pescar com xávega, mas apenas quando enquadrada em eventos turísticos ou culturais. Também é proibida a pesca comercial por apanha, nomeadamente de algas, e a captura de qualquer organismo marinho com auxílio de escafandro autónomo ou outro meio auxiliar de respiração.
Prazos de entrada em vigora) Durante o primeiro ano não se aplica nenhuma das novas restrições. No entanto a lei diz que as licenças existentes à data de entrada em vigor do Regulamento mantêm-se válidas para a área do Parque Natural até à renovação anual seguinte - não se percebe o que irá acontecer na data da renovação da licença;
b)
Após um ano entram em vigor:
- a área de protecção total na zona a nascente do cabo Barbas de Cavalo, mas apenas como se fosse área de protecção parcial;
- a área de protecção parcial do Portinho da Arrábida.
c)
Após dois anos entram em vigor:
- a área de protecção total na zona a poente do cabo Barbas de Cavalo, mas apenas como se fosse área de protecção parcial;
- a totalidade da área de protecção parcial.
d)
Após três anos entra em vigor a área de protecção total na zona a nascente do cabo Barbas de Cavalo.
e)
Após quatro anos entra totalmente em vigor a área de protecção total.
Em resumo:
- No primeiro ano não se restringe nada;
- No segundo ano as restrições ainda são pequenas;
- A partir do terceiro ano aplicam-se as restrições quase todas;
Implosão das torres de Tróia
Explosões e colapso dos edifícios
Começa a espalhar-se a núvem de poeira
A núvem de poeira alarga-se e dirige-se para Setúbal
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Mapa das restrições à pesca
O jornal "Público" publicou uma notícia onde se faz um resumo das restrições que o governo pretende aplicar à pesca na costa de Sesimbra. Um mapa com as restrições encontra-se reproduzido
aqui.
Uma apliação da zona costeira encontra-se
aqui.
(Se tiver dificuldade em ver as imagens, tente
aqui e
aqui.)
Estas informações foram tiradas pelo jornal do diploma publicado pelo governo, a Resolução do Conselho de Ministros 141/2005, que pode ser lido
aqui.
Trata-se de um ficheiro pdf que pode ser descarregado para o computador (basta carregar no símbolo de disquete com a palavra "salvar" ou "save") mas não pode ser impresso. Trata-se de um diploma disponibilizado gratuitamente pelo Diário da República, mas protegido para não poder ser impresso.
Pesca: protestos marcados para o dia 14
«No âmbito dos protestos contra o plano de Ordenamento da Arrábida, os pescadores de Sesimbra marcaram para o próximo dia 14 um novo bloqueio ao porto de pesca da vila.
«Na reunião do Fórum Sesimbra – constituído por várias associações e colectividades – foi ainda agendada para o mesmo dia uma paralisação de duas horas em todo o concelho.
«Os pescadores têm o apoio da Câmara Municipal, que vai levar à próxima reunião municipal a proposta para aderir também à iniciativa. No entanto, e caso estes protestos não surtam efeitos, a contestação promete ser intensificada com uma marcha lenta seguida de uma manifestação junto ao governo Civil de Setúbal, para a qual será pedida a solidariedade da população desta cidade e de Palmela.»
Notícia do
Correio da Manhã.