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segunda-feira, outubro 31, 2005

Espanha


Os pescadores espanhóis levantaram o bloqueio aos portos no passado dia 28, apesar de não concordarem com as propostas do governo. No acordo final o governo comprometeu-se a dar uma ajuda de 9,5 cêntimos por litro de gasóleo e a criar dois grupos de negociação para tratar de problemas estruturais, tais como a rede de comercialização e bonificações de natureza social, que os pescadores exigem que sejam iguais às que beneficiam os transportadores. O governo comprometeu-se também a reforçar o controlo nas alfândegas, para se certificar de que os barcos importadores de pescado cumprem as normativas comunitárias.

Apesar do acordo existe grande descontentamento entre os pescadores. No porto de Dénia foi convocada uma manifestação de protesto contra o preço do gasóleo e o dirigente da organização de pescadores disse que "Assinaram a nossa sentença de morte" e que "o facto de termos desbloqueado os portos não significa que nos tenhamos rendido".

Em Castellón foram detidos dois pescadores após queixas de comerciantes, devido a danos provocados pelos piquetes que estiveram em mercados, supermercados e hipermercados, impedindo a entrada e venda de peixe.

Agora, no entanto, são os agricultores que exigem do governo apoios semelhantes aos que foram concedidos aos pescadores espanhóis.

Notícias no El Mundo e no El Pais


Notícia do Correio da manhã:

Infrutífera - foi como João Lopes, do Fórum dos Pescadores, classificou a reunião entre os pescadores de Sesimbra e o secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa.

Sobre as restrições à pesca estabelecidas no Plano de Ordenamento do Parque Natural da Arrábida (POPNA), nada de novo. "Foi-nos dito que não há abertura para discutir contra-propostas."

João Lopes acrescentou que o governante "confirmou ter recorrido a pareceres de privados e dispensou ouvir o Instituto Nacional de Investigação da Agricultura e Pescas" para a elaboração do POPNA.

quinta-feira, outubro 27, 2005

Pescadores espanhóis em luta


Fotografias do jornal El Pais


Numerosos portos espanhóis encontram-se encerrados pelos pescadores, como forma de luta contra o aumento dos combustíveis e exigindo medidas de apoio. A maior concentração de portos bloqueados encontra-se no Mediterrâneo (ver mapa), mas há outros casos por toda a costa espanhola, tal como na Galiza e País Basco. Em Tarragona os pescadores também fizeram cortes em auto-estradas. O governo diz que já conseguiu chegar a acordo com algumas associações, mas a maioria dos pescadores continua determinada a manter o bloqueio, mesmo naqueles portos em que o governo diz ter havido acordo.

Entre as exigências dos pescadores e armadores encontra-se a constituição de um Fundo de Garantia que permita manter o preço do gasóleo a 30 cêntimos por litro,como acontece em França - independentemente das subidas do preço no mercado. Actualmente os espanhóis pagam o gasóleo a 50 cêntimos/litro.

O governo começou por contrapor um apoio de 8,4 cêntimos por litro, mas entretanto subiu esse valor para 9,5 cêntimos/litro, até ao montante máximo de 3 mil euros por armador. Esta proposta, no entanto, é considerada insuficiente pela maioria dos pescadores e armadores, não só pelo seu baixo valor, mas também porque não os defende contra futuros aumentos do preço de mercado. Só este ano, em Espanha, o preço do gasóleo já subiu 85%.

Em Portugal o preço do gasóçeo para a pesca também tem sofrido uma subida vertiginosa: em Dezembro de 2003 era de 26 cêntimos, em Dezembro de 2004 chegou aos 41 cêntimos, e em Julho de 2005 atingiu os 44 cêntimos, e continuou a subir. No entanto, só beneficiam deste gasóleo as embarcações maiores, pois os pequenos barcos da pesca artesanal utilizam motores a gasolina e não beneficiam de qualquer apoio.

O diferencial de preço de combustível para pescadores portugueses e espanhóis - mesmo sem as exigências que os espanhóis estão agora a fazer - gera uma situação de concorrência desleal, prejudicando a economia e a pesca portuguesas. É uma situação incompreensível, pois toda a lógica da União Europeia é a de criar condições de concorrência iguais, estando proibidos os apoios públicos que permitam a um sector económico de um país europeu ficar beneficiado face a outro país da UE. Como é possível que noutros países europeus a pesca receba apoios muito superiores aos que são concedidos em Portugal e o governo português não faça nada?

Leia-se, a propósito, esta notícia de 26 de Setembro sobre a deslocação de barcos portugueses a Espanha para vender peixe e abastecer com gasóleo mais barato.

Fotografias do jornal El Pais
"Sobe o gasóleo - baixa o pescado"
O porto de Barcelona é um dos que se encontra completamente bloqueado.

Fotografias do jornal El Pais
Em Málaga os pescadores impediram que os camiões descarregassem pescado na lota e espalharam a carga pelo chão.


Notícia do jornal El país

sexta-feira, outubro 21, 2005

Pescador de Sesimbra ferido por tubarão



      Paulo Costa

Paulo Costa, pescador da tripulação do ‘José Leste’, foi gravemente ferido na mão, na passada segunda-feira, por uma tintureira (tubarão azul) que vinha presa no aparelho. A embarcação encontrava-se a pescar a 500 quilómetros ao largo da Madeira.

Segundo relatou ao jornal "Correio da Manhã", “O tubarão estava ferrado num anzol, quando o puxei vi que ele estava vivo. O problema é que estava vivo demais. Lançou-me contra uma janela e fiquei preso no porão com o tubarão que me mordeu a mão direita. Apesar de ter começado a perder muito sangue, nunca perdi os sentidos. Depois, com a ajuda dos outros pescadores, fiquei a salvo.”

"Perante a hemorragia, no barco foram praticados os primeiros socorros, segundo orientações prestadas por telefone, via satélite, pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes Marítimos. O pescador foi resgatado e transportado de helicóptero até à Madeira, onde aterrou às 18h30. Conduziram-no então ao hospital local, sendo depois transferido para a Clínica de Santa Catarina, onde decorreu a operação, na quarta-feira."

"A delicada acção de resgate da Força Aérea durou quatro horas e 45 minutos, executada no limite de autonomia de combustível do helicóptero Puma, perante um mar bastante agitado. À embarcação ‘José Leste’ foi indicado que deveria de se aproximar o máximo da ilha de Porto Santo, pois o helicóptero só tem autonomia de voo de cerca de 400 quilómetros. “Em auxílio do Puma, partiu da base do Montijo um avião P3-P Orion, da Esquadra 601, para localizar com precisão a embarcação”, explica o coronel Sá Barbosa, da Força Aérea."

Entretanto Paulo Costa já foi operado e encontra-se a recuperar nos hospital. “Agora só espero a hora de regressar a Sesimbra”, confessou ao jornal.
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Continue a ler a notícia.

quarta-feira, outubro 12, 2005

Ondas longas


terça-feira, outubro 11, 2005

Outubro em Sesimbra









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Pescas e apoios da União Europeia


O jornal Público de hoje noticia que o ministro da Agricultura e Pescas, Jaime Silva, encontrou boa recepção por parte da União Europeia para auxílio às empresas de pesca e jovens pescadores. O governo temia que a UE colocasse restrições à renovação de frota, para não aumentar a sua dimensão. Devido à pressão dos páises nórdicos, os apoios à renovação das frotas chegaram a ser cancelados em 2004, mas a Comissão Europeia parece estar disposta a atenuar esta posição e permitir apoios a Portugal

As empresas de transformação dos produtos da pesca também poderão vir a beneficiar de ajudas comunitárias.

O Fundo Europeu das Pescas - que financiará as pescas durante os próximos anos - por outro lado, deverá sofrer uma redução de 15 %, mas os números finais ainda não foram decididos.

Eleições


Notícia do Correio da Manhã:

“Ao final de oito anos, a Câmara Municipal de Sesimbra voltou a cair nas mãos do PCP e em concreto nas mãos de Augusto Pólvora. O ainda presidente, Amadeu Penim, até nem “era má pessoa”, dizem os populares, mas acabou por “levar por tabela por ser do PS”, desabafa Joaquim Paulino, de 64 anos, um velho ‘lobo’ do mar conhecido, na lota, por Esquimó.

“É verdade que ele esteve sempre ao lado dos pescadores mas é do PS e estas eleições nós tínhamos de penalizar o engenheiro José Sócrates”, diz António, 43 anos, também pescador. Em causa está sobretudo o protesto contra o novo Plano de Ordenamento da Arrábida que restringe a pesca artesanal. O protesto é tão partilhado por todas as gentes da vila que muitos foram votar no domingo com uma fita preta no braço em sinal de solidariedade.

“Ontem, em Sesimbra, o dia foi vivido com grande normalidade. Toda a gente sabe que algo mudou, mas ainda ninguém arrisca em dizer o que na verdade vai mudar. Para já o destino tem tudo para ser promissor. É que as eleições acabaram por sorrir a “um homem da terra, filho de Sesimbra e filho de pescadores”, lembra João Pereira de 57 anos, morador em Sesimbra há 32. “O futuro a Deus pertence”, como dizem, mas as expectativas e os desejos são legítimos.”


Notícia do Correio da Manhã sobre o dia das eleições:

"A meio da manhã, a chuva começou a cair com mais força na caixa da camioneta estacionada junto ao Grupo Desportivo de Sesimbra. As bandeiras negras ficaram ensopadas, mas a mensagem continuou lá. “Sesimbra tem razão. Sem pesca não há pão.” Escrito a preto. Durante todo o dia, muitos eleitores votaram com uma fita da mesma cor presa ao braço ou ao peito. “Pelos pescadores e contra o Plano de Ordenamento da Arrábida.”

quarta-feira, outubro 05, 2005

Natação, 5 de Outubro de 2005


Aspectos da prova

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Pessoal de Sesimbra








segunda-feira, outubro 03, 2005

Negociações para as licenças de pesca em Marrocos


Segundo notícia do jornal Público de hoje, vão decorrer durante a corrente semana negociações na União Europeia para redistribuir pelos países europeus as 140 licenças de pesca negociadas pela UE com Marrocos. O jornal também afirma que as negociações deverão ser difíceis para Portugal, dado haver 10 países interessados, incluindo alguns que aderiram recentemente à UE: Letónia, Lituânia e Polónia. Além destes estão interessados Portugal, Espanha, França, Irlanda, Inglaterra, Alemanha e Holanda.

Quando o acordo com Marrocos terminou, há 5 anos, havia 400 licenças atribuídas. Agora, com apenas 140 licenças e mais países interessados, a disputa vai ser grande.

Portugal vai tentar fazer valer os seus direitos históricos, nomeadamente porque os nossos barcos se dedicavam essencialmente à pesca do peixe-espada e outras espécies demersais, capturadas pelo tipo de artes que o novo acordo admite.

sábado, outubro 01, 2005

Aiolas... de Sesimbra



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O jornal "Público" da passada sexta-feira trazia uma notícia sobre a luta dos pescadores de Sines contra as regras de atracagem naquele porto, regras que prejudicam os barcos pequenos. Como fotografia de referência incluíram esta bela imagem com aiolas de... Sesimbra, é claro! Como se pode ver pelas respectivas matrículas.

A fotografia é de Pedro Cunha.

Um dos grandes "mitos" dos oceanos, a lula gigante, foi filmada por cientistas japoneses. A notícia da BBC sobre o acontecimento encontra-se aqui. A lula gigante é uma espécie conhecida há muito - existe mesmo um exemplar no Oceanário de Lisboa - mas nunca tinha sido filmada antes.



upload original (BBC News):
http://news.bbc.co.uk/media/news_web/video/40851000/nb/40851094_nb_16x9.asx
Via: Linha dos Nodos

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