Cabo Espichel
[ clique para ampliar ]A menina que tirou esta fotografia diz que é da Terra Dos Buracos (Quinta do Conde). Mais fotos aqui.
No blogue da mesma jovem encontra-se um poema de Carlos de Oliveira:Se ao morrer o coração, Morresse a luz que lhe é querida, Sem razão seria a vida, Sem razão. |
Trata-se do poema
Livre, que, com música de Manuel Freire, foi muito popular como canção de "protesto", antes da Revolução de Abril de 1974. Cantar a liberdade, naquele tempo, significava essencialmente a liberdade política. Suponho que para uma jovem dos nossos dias possa ter um significado muito diferente. E de facto, lendo de novo o poema, vê-se que ele não tem de estar, necessariamente, aprisionado a uma única interpretação: o próprio poema o afirma.
Repare-se naquela frase: "nada apaga a luz que vive num amor (...) porque é livre como o vento." Clandestinamente, esta afirmação tão pouco militante, esteve ali escondida, à vista de todos, oculta pelo significado mais evidente (naquele tempo em que a canção foi criada) do manifesto político relativo à liberdade de pensamento.
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