Retrato de uma princesa desconhecida
Fátima Preto, modelo e actriz. [ clique na imagem para ampliar ] |
Como se pode ver pela foto, com inclinação para as artes náuticas, certamente por descender da ilustre família de mareantes de Sesimbra referidos por Rafael Monteiro:
Século XV
Gomes Preto, o moço, que tomou parte na conquista de Arzila em 1471, sendo então armado Cavaleiro
João Gomes Preto - Piloto, dono das caravelas “Santo António” e “Estrelim de Flandres”
Século XVI
Diogo Preto Olival
Diogo Preto Vaz – Armador-mandador
Estevam Preto - Capitão
Francisco Vaz Preto - mandador da armação “Balieira”
Francisco Preto - Capitão-Mór
Gomes Preto, Capitão-caraveleiro; resgatado aos mouros em 1582
Gonçalo Preto, Capitão-caval.º
João Preto
João Preto Vaz, Mestre Piloto, que andou nos mares da China
João Vaz Preto
Luís Preto – Piloto
Pedro Preto - que andou nos mares da Índia; foi um dos Capitães da armada de D. João de Castro
Rodrigo Preto - Capitaneou a caravela “St. António”
Século XVII
Álvaro Preto – Piloto
Baltazar Preto – Piloto, que capitaneou a nau “Santiago”
Baltazar da Costa Preto, Piloto
Braz Preto – Piloto
Gomes Preto – Capitão da nau “St. António”
Gomes Preto Patela – Capitão de Mar-e-Guerra
Luís Preto Marques – Piloto; resgatado aos mouros em 1647
Manuel Preto Vaz – Piloto
Policarpo Preto – Piloto dos mares de Bengala
Sebastião Preto Vogado – que se bateu na baía de Sesimbra contra um navio turco, apresando-o
João Preto Vogado – morto heroicamente em Ceilão em luta contra os holandeses
Francisco Preto - morto heroicamente em Ceilão em luta contra os holandeses
(estes três últimos eram irmãos, filhos de Estevam Preto)
Por qualquer motivo, faz lembrar aquele poema de Sophia de Mello Breyner Andresen, "Retrato de uma princesa desconhecida":
Para que ela tivesse um pescoço tão fino Para que os seus pulsos tivessem um quebrar de caule Para que os seus olhos fossem tão frontais e limpos Para que a sua espinha fosse tão direita E ela usasse a cabeça tão erguida Com uma tão simples claridade sobre a testa Foram necessárias sucessivas gerações de escravos De corpo dobrado e grossas mãos pacientes Servindo sucessivas gerações de príncipes Ainda um pouco toscos e grosseiros Ávidos cruéis e fraudulentos Foi um imenso desperdiçar de gente Para que ela fosse aquela perfeição Solitária exilada sem destino |
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