Nova Biblioteca
Já fui à nova biblioteca e já recebi o novo número de leitor (nº 2 - devia ter-me levantado mais cedo...). Todo o edifício é de excepcional qualidade, desde as salas de leitura até ao auditório, cuja primeira actividade, na inauguração de Sábado passado, foi um concerto de Jazz.
É este edifício que deve passar a constituir o verdadeiro "centro cultural" de Sesimbra, com a realização de actividades como exposições, palestras, concertos, cinema, teatro, etç. Digo isto porque há algumas pessoas, certamente bem intencionadas, que se lembraram agora de propor que a Fortaleza seja transformada num "centro cultural". Devem estar a imaginar ali salas com artistas a pintar, a fazer artesanato, etç. Mas seria uma visão restrita do que é um centro cultural: nunca poderia ser uma "fábrica" para empregar ou alojar artistas, o que restringiria o apoio a um número muito limitado de artes e de pessoas. A ideia de que a cultura prospera apenas com a construção de mais e mais equipamentos é apenas a versão "culta" do logro em que o nosso país caíu ao canalizar os fundos comunitários para edifícios, pontes e autoestradas, desvalorizando o factor humano. O país não precisa de gastar mais dinheiro em edifícios - mas sim de utilizar bem os que já tem.
A Biblioteca de Sesimbra - como outras bibliotecas das nossas cidades de província - pode e deve polarizar a actividade cultural da vila e do concelho. No passado, quer a Biblioteca Gulbenkian quer o Cinema João Mota, constituíram as verdadeiras "janelas" de cultura que estiveram disponíveis para que os sesimbrenses se transformassem em cidadãos do mundo. A inteligente união destes dois equipamentos num só edifício, revela não só economia de meios, como visão estratégica.
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