mas isto é no concelho de Sesimbra? é que uma paisagem destas, com tamanha beleza bucólica,mais parece tirada de uma qualquer paisagem de tempos idos, é que quem percorre o nosso concelho e vê despido de árvores, sobretudo pinheiros, fica deveras surpreendido com esta imagem. Mas parece-me que se trata do sopé do Castelo e por enquanto ainda é uma zona protegida.O que me leva a fazer este comentário não é o facto de estar contra a construção, porque não sou extremista e isso e outro debate, mas é que hoje lembrei-me, na minha santa ignorância, de ir apanhar umas pinhas para acender a lareira, ali para os lados da maçã, mas passei pela faulha e cotovia e a mesma desolação e o mesmo sentimento de tristeza, onde estão os pinheiros? onde é que eu vou apanhar pinhas? E os caracóis? que qualquer pexito que se preze anda sempre com saco na mão quando vai ao campo. Por favor deixem algumas árvores, alguns pinheiros, para que as gerações vindouras saibam o que é ir apanhar pinhas, musgo e caracóis, não tenham como eu a nostalgia do que foi passar um dia de espiga no cabeço da faúlha, ou outros tantos dias passados em casa dos meus colegas de escola "do campo" Nao deixem o campo morrer!
Sesimbra, por fora e por dentro: as grutas, a fauna cavernícola e a sua ecologia
Ana Sofia Reboleira, Fernando Correia
"Povoadas por inúmeras lendas e mitos, as grutas são cápsulas do tempo que conservam importantes registos para a construção da nossa identidade, dado que os seres humanos aqui se abrigaram nos princípios da humanidade e deixaram vestígios pré-históricos para memória futura da sua presença", explica Sofia Reboleira. "Mas, talvez mais importante que o passado, é dar a saber que estas albergam hoje estranhas formas de vida, permitindo reinterpretar a história da vida na terra e de como ela se transforma para sobreviver em ambientes tão inóspitos e extremos.", afirma ainda a especialista em fauna cavernícola.
"Exatamente por o tema ser tão singular e estranho, tivemos especial cuidado em criar e estruturar esta obra segundo uma linguagem acessível e motivadora, embora funcional e construtiva no edificar de um saber especial", argumenta Fernando Correia. O responsável pela ilustração da obra salienta: "Fizemos um grande esforço para que isso mesmo sobressaísse quer no discurso escrito, quer ao nível visual, por forma a impulsionar a leitura, e, de caminho, ajudar também a promover a exploração do concelho sob outros olhos. Procurámos construir um livro que cativasse e ensinasse de forma entusiástica — mas sem que pareça uma lição ou sem perder a necessária objectividade e correção científica — e onde a forma como se divulga a Ciência mais atual seja a adequada para a multitude de públicos a que a destinámos."
Além do especial cuidado dedicado ao texto escrito por ambos os biólogos (que contempla várias investigações desenvolvidas no concelho), foi feito um grande esforço para ilustrar profusamente o livro com imagens também inéditas, fotografias e ilustrações, esteticamente interessantes e sumamente didáticas (ao qual se adiciona um design sóbrio, mas fluido).
De realçar que as ilustrações são ilustrações científicas e, como tal, criadas propositadamente para complementar e, às vezes, suplementar, o discurso científico da obra, tornando-a, na perspectiva de um todo, muito mais completo e instigante à descoberta.
Os homens do mar de Sesimbra são sábios. Sempre souberam transmitir o seu conhecimento aos aprendizes atentos, aos capazes,
como escreveu Álvaro Ribeiro, de aceitar a audiência antes da evidência. Grau a grau, ou degrau a degrau, se ascende de moço a arrais, passando por companheiro.
Rafael Monteiro
★
Gama, Cão ou Zarco
Não nasceram aqui.
Quem nasceu aqui foi o barco.
António Telmo
Marés em Sesimbra / Tide table [ mare.frbateaux.net ]
Fotos TrekEarth Photos.
Pesqueiros de Sesimbra (fishing sites)
3 Comentários:
Vamos votar que já se faz tarde.
Pastor
Será que a ovelha negra também votou?
A abstenção foi muito grande.
mas isto é no concelho de Sesimbra? é que uma paisagem destas, com tamanha beleza bucólica,mais parece tirada de uma qualquer paisagem de tempos idos, é que quem percorre o nosso concelho e vê despido de árvores, sobretudo pinheiros, fica deveras surpreendido com esta imagem. Mas parece-me que se trata do sopé do Castelo e por enquanto ainda é uma zona protegida.O que me leva a fazer este comentário não é o facto de estar contra a construção, porque não sou extremista e isso e outro debate, mas é que hoje lembrei-me, na minha santa ignorância, de ir apanhar umas pinhas para acender a lareira, ali para os lados da maçã, mas passei pela faulha e cotovia e a mesma desolação e o mesmo sentimento de tristeza, onde estão os pinheiros? onde é que eu vou apanhar pinhas? E os caracóis? que qualquer pexito que se preze anda sempre com saco na mão quando vai ao campo. Por favor deixem algumas árvores, alguns pinheiros, para que as gerações vindouras saibam o que é ir apanhar pinhas, musgo e caracóis, não tenham como eu a nostalgia do que foi passar um dia de espiga no cabeço da faúlha, ou outros tantos dias passados em casa dos meus colegas de escola "do campo" Nao deixem o campo morrer!
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