Chamavam "Bela Sombra" à árvore localizada no centro do jardim, obra da última Câmara monárquica, a que os republicanos juntaram o banco circular de ferro. Parece uma metáfora do País: o Portugal monárquico e rural do século XIX, e a tendência industrialista do século XX. Porém, mesmo no século XX, o País ainda se demorou a industrializar — mas não Sesimbra, que foi das primeiras povoações portuguesas a desenvolver-se industrialmente, com duas importantes fábricas de conservas, ainda antes da mudança de século. The tree at the center of the tiny garden of Sesimbra was called "Beautiful Shadow". The garden was made by the monarchists, and the circular iron bench beneath was made by the republicans. Two worlds apart: the rural world of the ancien regime, and the industrial trend of the XX century. |
Um blog fotográfico sobre Sesimbra
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Sesimbra
segunda-feira, março 29, 2010
Canoa da Picada
7 Comentários:
"Sesimbra foi das primeiras a desenvolver-se industrialmente" mas também das primeiras a morrer industrialmente, e não só. Já está em coma há algum tempo e se não fosse a beleza natural que arrasta o forasteiro para uma almoçarada, estava como a fonte do caneiro. Onde está o PEC para Sesimbra ? Na "Mata dos Alemães"? Está como os corpos dirigentes para o G. D. de Sesimbra ? Está como os Pescadores ? Está como os espaços verdes ? Não está não. E nós também não estamos, já estamos quase todos no campo !
Sesimbra é um grande concelho, tal como Portugal é um grande País. Essas "análises" que dizem que "tudo está mal" servem apenas para duas coisas: para exibicionismo, e para desvalorizar aquilo que as gerações actuais e anteriores (os nossos pais, os nossos avós) fizeram. Afinal, o que sabe o comentador sobre o sector industrial em Sesimbra? Ou sobre a pesca? Pelo que escreve, vê-se que sabe muito pouco.
Curioso.... O Dr. Aldeia a utilizar lugares-comuns - Sesimbra é um grande concelho, tal como Portugal é um grande país - como recurso de argumentação. Que é feito da sua dimensão argumentativa ?
Cumprimentos,
MP
Não o escrevo como lugar-comum mas sim por ser uma forte convicção. No Índice do Desenvolvimento Humano (que abrange indicadores económicos, mas também relativos a educação, saúde, etc), Portugal tem estado classificado entre os 32 e 36 primeiros, e isso, para um pequeno País sem grandes recursos naturais, é notável.
Já não é a primeira vez, aqui no blog ou noutros espaços de debate público, que tenho defendido este ponto de vista: é verdade que temos grandes problemas económicos e sociais, mas isso não significa que tenhamos de tratar o nosso próprio País ou a nossa terra "abaixo de cão". Comparações que certas pessoas fazem, dizendo que estamos ao nível dos piores países africanos, fazem um "belo efeito" mas não traduzem o que se passa na realidade. Eu sei que está fora de moda ser-se patriota e exprimir o quanto se gosta do nosso próprio País e da nossa terra. Chama-se a isso lugares-comuns? É pena.
[Segundo o dicionário, lugar-comum: trivialidade, ideia já muito batida, expressão ou frase usada vulgarmente, frase feita.]
É triste como está a nossa vila, vila fantasma. Realmente tem-se feito muito, mas têm sido pensadas para todos, ou só para alguns, acho que criaram uma situação altamente prejudicial para Sesimbra. Criaram uma vila para os outros, só para os outros, para quem vive ou para quem tem raízes, para quem gastou tempo, dinheiro, dedicação… nada. É muito triste ir a Sesimbra durante a semana e ver ‘ninguém’, cafés vazios, esplanadas vazias, bares vazios, ruas vazias, restaurantes vazios… Escrevo como critica do que se tem feito, gostava de voltar a ver a vila com a sua gente, com a sua vida, em harmonia com os turistas, pois foi assim que Sesimbra sempre viveu e se mostrou ao mundo. A actual, tem os dias contados, e para quem está atento a estas coisas, sabe perfeitamente de situações idênticas que já aconteceram em outros locais. Que o futuro abra os olhos e faça renascer a nossa Sesimbra.
É triste como está a nossa vila, vila fantasma. Realmente tem-se feito muito, mas têm sido pensadas para todos, ou só para alguns, acho que criaram uma situação altamente prejudicial para Sesimbra. Criaram uma vila para os outros, só para os outros, para quem vive ou para quem tem raízes, para quem gastou tempo, dinheiro, dedicação… nada. É muito triste ir a Sesimbra durante a semana e ver ‘ninguém’, cafés vazios, esplanadas vazias, bares vazios, ruas vazias, restaurantes vazios… Escrevo como critica do que se tem feito, gostava de voltar a ver a vila com a sua gente, com a sua vida, em harmonia com os turistas, pois foi assim que Sesimbra sempre viveu e se mostrou ao mundo. A actual, tem os dias contados, e para quem está atento a estas coisas, sabe perfeitamente de situações idênticas que já aconteceram em outros locais. Que o futuro abra os olhos e faça renascer a nossa Sesimbra.
Já foi comentado várias vezes, a deslocalização da centralidade urbanística de Sesimbra, havendo sempre alguma relutância em aceitar o Concelho como um todo, e é nessa óptica que temos de analisar. Nada é imutável, não há vila ou cidade que não sofra essas “dores”.
As pessoas que nasceram em Sesimbra, não aceitam que a Freguesia do Castelo e muito menos a da Quinta do Conde sejam parte integrante do Concelho, esquecem-se que não podíamos sobreviver sozinhos na tradicional Vila de há cinquenta anos.
Portanto, sou um optimista, acho que Sesimbra tem tudo para ter um futuro risonho.
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