Bombaldes sq. in 1941, after the big cyclone that destroyed the fishing fleet of Sesimbra, killing 4.
Largo de Bombaldes em 1941, a seguir ao ciclone de 15 de Fevereiro. Repare-se nas farpelas: ainda se vê um barrete, mas já domina o novo modo de vestir, com camisas de padrões axadrezados e boné ou boina. Note-se também o símbolo das máquinas de costura Singer, na fachada do edifício onde está hoje a marisqueira do Tony. Na profissão de costureira ocupavam-se muitas mulheres da vila, que se especializavam como modistas (fatos femininos) ou costureiras de alfaiate (fatos masculinos).
Este Largo, antes de 1910, tinha o nome do rei D. Carlos. Depois os republicanos baptizaram-no com o nome de Miguel Bombarda, psiquiatra e político. Já no Estado Novo mudaram para Bombaldes, nome de um "mar" (zona de pesca). A designação é interessante, embora não se perceba qual o motivo da escolha, entre tantos "mares" da nossa costa — mas é sugestiva a semelhança entre "Bombaldes" e o apelido do médico republicano.
Compare-se com uma foto actual →. O prédio Pinto Leão tinha uma cúpula envidraçada (lanterna) que hoje já não existe.
3 Comentários:
Parece inesgotável... O baú, claro!
Depois da tempestade, vem a bonança.
Esta foto de quase setenta anos tem uma nitidez que impressiona.
Conseguimos viajar no tempo e perceber o quotidiano, reflectindo as preocupações que as pessoas tinham nessa época.
Autêntico documento histórico.
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