Respondendo a uma questão levantada por um comentador: o empreendimento da Falésia previa, de facto, a construção de um hotel, conforme se pode ler nesta notícia d'O Sesimbrense de Setembro de 1969, a propósito da colocação do pau de fileira da obra (a imagem de cima, fac-simile do jornal, foi modificada para incluir a informação relativa ao hotel). |
Local newspaper report of 1969 about the building "Falésia", being built at that time [photo].
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6 Comentários:
Para sermos mais exactos, um apart-hotel.
O restaurante panorâmico ficaria no andar onde hoje se situa (erradamente, na minha modesta opinião) o Tribunal de Sesimbra.
Os elevadores ficaram no tinteiro, o apart-hotel deu lugar a pequenos apartamentos e a Câmara Municipal recusou-se durante anos, sob os mais variados pretextos, a conceder a imprescindível Licença de Habitação.
A moeda de troca foi o espaço destinado ao restaurante (piso R).
A Câmara conseguiu um belo local, à borla, para um Tribunal com uma panorâmica incomparável e a Falésia teve direito, finalmente, à almejada Licença.
Por vezes, como aconteceu durante o julgamento dum perigosíssimo traficante de droga (Franquelim Lobo), quem ali tem apartamento sujeita-se a entrar e saír do prédio, sob a mira das metralhadoras da GNR.
Uma história muito pouco edificante, com alguns contornos de tipo mafioso.
Digo eu.
E abstenho-me de qualquer referência de carácter partidário, até por ser totalmente escusada.
Na verdade, todos os partidos com assento na AR, têm os seus telhados de vidro.
Se quisermos praticar justiça retroactivamente, então temos de dizer que a construção desse edifício nunca deveria ter sido sequer autorizada. desde logo por motivos da segurança, até de quem utiliza o edifício. Mas concordo consigo quanto à instalação do tribunal: trata-se do símbolo da Justiça, para além do aspecto instrumental da realização de julgamentos e demais procedimentos judiciais; nem num caso nem no outro se justificaria a sua instalação num tal edifício. Isso, no entanto, será resolvido em breve. Infelizmente outro tanto não acontecerá com o edifício propriamente dito.
Relendo a notícia d'O Sesimbrense, verifico que outras coisinhas não saíram do papel, caso das piscinas e do centro comercial.
Nem um nem outro fizeram falta, o mesmo não se podendo dizer dos elevadores, já que aquela escada é de deixar qualquer um a deitar os bofes pela boca...
Sou forçada a dar-lhe razão, relativamente à construção em cima de falésias.
E porque esta também tem apresentado vários indícios de erosão, que vêm sendo referidos às autoridades competentes há vários anos, é de lamentar que o senhor Ministro do Ambiente se preocupe apenas com a estabilidade das falésias que se situam em terras allgarvias...
Placas com avisos têm sido sistematicamente ignoradas e até arrancadas por gente do mesmo calibre dos que censuram que se interdite uma praia poluída...
Mas nós só nos lembramos de Santa Bárbara quando ouvimos os trovões.
E muitos, nem isso.
Fiquei a conhecer um pouco mais sobre a Falésia, os comentários são elucidativos, na minha opinião acho que o empreendimento nasceu mal ou nunca deveria ter nascido, mas seria desnecessário o “mimo”ao actual ministro do Ambiente …acho que é um problema muito complexo e difícil de resolver, situações destas existem aos "molhos" por esse País.
Bom dia.
Obrigado por aceder ao meu pedido. Os meus sogros compraram lá um apartamento há alguns anos, e eu nunca percebi a razão daquele mono ali plantado. Para hotel, faltavam-lhe algumas mordomias óbvias. Para apenas bloco de apartamentos, parecia-me muito megalómano e sem algumas infraestruturas de apoio.
Aqui por perto também tenho algumas histórias do tipo, com conflitos de interesses. Como um bar na praia da Aguda (Sintra) que foi construído e deixado a apodrecer, por causa de uma birrinha do Capitão de Mar, que se recusou a dar uma licença qualquer (pelo menos foi esta história que me venderam). A razão...a filha deste estava interessada em explorar o local, mas o dono tinha outras ideias...então faz-se birrinha. Já lá vão 25 anos.
Um abraço
Ontem foi abordado no Jornal Nacional da TVI, o tribunal de Sesimbra que se encontra neste edificio de habitação à 30 anos provisoriamente.
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