É isso mesmo: durante muito tempo funcionou ali a padaria da empresa "Panificadora Sesimbrense", resultante da fusão de várias pequenas padarias, e que por isso era conhecida na vila como a "fusão". Também me recordo de uma época em que o pão da "fusão" não tinha grande qualidade, e o que se vendia bem era o que vinha do campo.
Há uma história muito curiosa com a Panificadora: falou-se muito das pessoas que entregaram dinheiro à D. Branca para receber juros altos e que depois o perderam. Mas também havia quem lhe pedisse dinheiro emprestado, também a altos juros, e que já não o teve de pagar quando aquele "banco popular" se desmoronou: foi o caso desta empresa Sesimbrense. Mas não lhe valeu de muito: o facto de ter ido pedir dinheiro à D. Branca provavelmente já era revelador das dificuldades financeiras com que se debatia.
Sesimbra, por fora e por dentro: as grutas, a fauna cavernícola e a sua ecologia
Ana Sofia Reboleira, Fernando Correia
"Povoadas por inúmeras lendas e mitos, as grutas são cápsulas do tempo que conservam importantes registos para a construção da nossa identidade, dado que os seres humanos aqui se abrigaram nos princípios da humanidade e deixaram vestígios pré-históricos para memória futura da sua presença", explica Sofia Reboleira. "Mas, talvez mais importante que o passado, é dar a saber que estas albergam hoje estranhas formas de vida, permitindo reinterpretar a história da vida na terra e de como ela se transforma para sobreviver em ambientes tão inóspitos e extremos.", afirma ainda a especialista em fauna cavernícola.
"Exatamente por o tema ser tão singular e estranho, tivemos especial cuidado em criar e estruturar esta obra segundo uma linguagem acessível e motivadora, embora funcional e construtiva no edificar de um saber especial", argumenta Fernando Correia. O responsável pela ilustração da obra salienta: "Fizemos um grande esforço para que isso mesmo sobressaísse quer no discurso escrito, quer ao nível visual, por forma a impulsionar a leitura, e, de caminho, ajudar também a promover a exploração do concelho sob outros olhos. Procurámos construir um livro que cativasse e ensinasse de forma entusiástica — mas sem que pareça uma lição ou sem perder a necessária objectividade e correção científica — e onde a forma como se divulga a Ciência mais atual seja a adequada para a multitude de públicos a que a destinámos."
Além do especial cuidado dedicado ao texto escrito por ambos os biólogos (que contempla várias investigações desenvolvidas no concelho), foi feito um grande esforço para ilustrar profusamente o livro com imagens também inéditas, fotografias e ilustrações, esteticamente interessantes e sumamente didáticas (ao qual se adiciona um design sóbrio, mas fluido).
De realçar que as ilustrações são ilustrações científicas e, como tal, criadas propositadamente para complementar e, às vezes, suplementar, o discurso científico da obra, tornando-a, na perspectiva de um todo, muito mais completo e instigante à descoberta.
Os homens do mar de Sesimbra são sábios. Sempre souberam transmitir o seu conhecimento aos aprendizes atentos, aos capazes,
como escreveu Álvaro Ribeiro, de aceitar a audiência antes da evidência. Grau a grau, ou degrau a degrau, se ascende de moço a arrais, passando por companheiro.
Rafael Monteiro
★
Gama, Cão ou Zarco
Não nasceram aqui.
Quem nasceu aqui foi o barco.
António Telmo
Marés em Sesimbra / Tide table [ mare.frbateaux.net ]
Fotos TrekEarth Photos.
Pesqueiros de Sesimbra (fishing sites)
5 Comentários:
É um novo Mini-Preço?
o arranha céus perto do estádio??
nunca lá vi nada comercial, mas muitos anos
Sim, é nesse edifício.
faz-me lembrar a padaria da fusao que ali existia ,assim despido de prateleiras parece que tou a ver...
É isso mesmo: durante muito tempo funcionou ali a padaria da empresa "Panificadora Sesimbrense", resultante da fusão de várias pequenas padarias, e que por isso era conhecida na vila como a "fusão". Também me recordo de uma época em que o pão da "fusão" não tinha grande qualidade, e o que se vendia bem era o que vinha do campo.
Há uma história muito curiosa com a Panificadora: falou-se muito das pessoas que entregaram dinheiro à D. Branca para receber juros altos e que depois o perderam. Mas também havia quem lhe pedisse dinheiro emprestado, também a altos juros, e que já não o teve de pagar quando aquele "banco popular" se desmoronou: foi o caso desta empresa Sesimbrense. Mas não lhe valeu de muito: o facto de ter ido pedir dinheiro à D. Branca provavelmente já era revelador das dificuldades financeiras com que se debatia.
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