Perdeu-se a tradição do presépio,da seara, do sapatinho na chaminé, da fé no Menino Jesus. Em troca trazem-nos um boçal Pai Natal, espécie de caixeiro viajante, símbolo do consumismo desenfreado e da parolice que atinge o cúmulo com as grotescas figuras agarradas a paredes, como osgas vermelhas. O Natal é hoje uma triste caricatura, um espectáculo deplorável. E o Pai Natal é mesmo abaixo de cão...
Também tenho saudades desse tempo, do presépio, da ida ao musgo, de pôr o sapatinho na chaminé e da noite mal dormida devido à ansiedade de ver a prenda. Depois, o encontro com as outras crainças na rua - o mostrar das prendas: pistolas de cowboy que davam estalinhos, carrinhos de bonecas, cordas de saltar, piões coloridos e cheios de desenhos, etc. Depois da missa o cinema projectado pelo padre Abílio e a Rua sempre a Rua para brincar, era uma festa a alegria de partilhar as brincadeiras. Sempre pássaros à solta.
É verdade que tudo muda, o mundo é outro e diferentes são os valores. Mas é de lastimar que a poesia e o encanto do Natal tenham sido deitados para o lixo e substituídos pela ditadura do consumo desalmado. Sem sermos líricos, podemos ter saudades de outros Natais, com as cortiças da armação prefigurando montes e cavernas.Com os pastores e as ovelhinhas, o espelho a servir de regato, o moinho, imagens marcantes da nossa ingénua mocidade.
Nada mais ridículo do que as concentrações de patetas vestidos de Pai Natal. Para quê? Para entrarem no Guiness, vejam só, a honra suprema. Nem só no Carnaval há palhaços...
Os meus cães vão estar hoje à noite à espera que este amiguinho desça a chaminé com as prendas! Principalmente o mais novito que ainda tem 8 meses e acredita no Cão-Natal. Bom Natal, João
Sesimbra, por fora e por dentro: as grutas, a fauna cavernícola e a sua ecologia
Ana Sofia Reboleira, Fernando Correia
"Povoadas por inúmeras lendas e mitos, as grutas são cápsulas do tempo que conservam importantes registos para a construção da nossa identidade, dado que os seres humanos aqui se abrigaram nos princípios da humanidade e deixaram vestígios pré-históricos para memória futura da sua presença", explica Sofia Reboleira. "Mas, talvez mais importante que o passado, é dar a saber que estas albergam hoje estranhas formas de vida, permitindo reinterpretar a história da vida na terra e de como ela se transforma para sobreviver em ambientes tão inóspitos e extremos.", afirma ainda a especialista em fauna cavernícola.
"Exatamente por o tema ser tão singular e estranho, tivemos especial cuidado em criar e estruturar esta obra segundo uma linguagem acessível e motivadora, embora funcional e construtiva no edificar de um saber especial", argumenta Fernando Correia. O responsável pela ilustração da obra salienta: "Fizemos um grande esforço para que isso mesmo sobressaísse quer no discurso escrito, quer ao nível visual, por forma a impulsionar a leitura, e, de caminho, ajudar também a promover a exploração do concelho sob outros olhos. Procurámos construir um livro que cativasse e ensinasse de forma entusiástica — mas sem que pareça uma lição ou sem perder a necessária objectividade e correção científica — e onde a forma como se divulga a Ciência mais atual seja a adequada para a multitude de públicos a que a destinámos."
Além do especial cuidado dedicado ao texto escrito por ambos os biólogos (que contempla várias investigações desenvolvidas no concelho), foi feito um grande esforço para ilustrar profusamente o livro com imagens também inéditas, fotografias e ilustrações, esteticamente interessantes e sumamente didáticas (ao qual se adiciona um design sóbrio, mas fluido).
De realçar que as ilustrações são ilustrações científicas e, como tal, criadas propositadamente para complementar e, às vezes, suplementar, o discurso científico da obra, tornando-a, na perspectiva de um todo, muito mais completo e instigante à descoberta.
Os homens do mar de Sesimbra são sábios. Sempre souberam transmitir o seu conhecimento aos aprendizes atentos, aos capazes,
como escreveu Álvaro Ribeiro, de aceitar a audiência antes da evidência. Grau a grau, ou degrau a degrau, se ascende de moço a arrais, passando por companheiro.
Rafael Monteiro
★
Gama, Cão ou Zarco
Não nasceram aqui.
Quem nasceu aqui foi o barco.
António Telmo
Marés em Sesimbra / Tide table [ mare.frbateaux.net ]
Fotos TrekEarth Photos.
Pesqueiros de Sesimbra (fishing sites)
6 Comentários:
Um bom Natal! Parece querer desejar este cão a todos os outros animais.
Eu
Perdeu-se a tradição do presépio,da seara, do sapatinho na chaminé, da fé no Menino Jesus.
Em troca trazem-nos um boçal Pai Natal, espécie de caixeiro viajante, símbolo do consumismo desenfreado e da parolice que atinge o cúmulo com as grotescas figuras agarradas a paredes, como osgas vermelhas.
O Natal é hoje uma triste caricatura, um espectáculo deplorável.
E o Pai Natal é mesmo abaixo de cão...
Também tenho saudades desse tempo, do presépio, da ida ao musgo, de pôr o sapatinho na chaminé e da noite mal dormida devido à ansiedade de ver a prenda. Depois, o encontro com as outras crainças na rua - o mostrar das prendas: pistolas de cowboy que davam estalinhos, carrinhos de bonecas, cordas de saltar, piões coloridos e cheios de desenhos, etc.
Depois da missa o cinema projectado pelo padre Abílio e a Rua sempre a Rua para brincar, era uma festa a alegria de partilhar as brincadeiras. Sempre pássaros à solta.
Eu
É verdade que tudo muda, o mundo é outro e diferentes são os valores.
Mas é de lastimar que a poesia e o encanto do Natal tenham sido deitados para o lixo e substituídos pela ditadura do consumo desalmado.
Sem sermos líricos, podemos ter saudades de outros Natais, com as cortiças da armação prefigurando montes e cavernas.Com os pastores e as ovelhinhas, o espelho a servir de regato, o moinho, imagens marcantes da nossa ingénua mocidade.
Nada mais ridículo do que as concentrações de patetas vestidos de Pai Natal.
Para quê? Para entrarem no Guiness, vejam só, a honra suprema.
Nem só no Carnaval há palhaços...
Os meus cães vão estar hoje à noite à espera que este amiguinho desça a chaminé com as prendas! Principalmente o mais novito que ainda tem 8 meses e acredita no Cão-Natal.
Bom Natal,
João
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