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quinta-feira, setembro 25, 2008

fotografia alojada em www.flickr.com
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Escola de Santa Joana Princesa, em 1926 — actual Externato Santa Joana. José Joaquim da Luz Rumina e sua esposa, Maria Amália, fundaram esta instituição em 1923, para ensino e apoio de crianças orfãs. Mais tarde o edifício foi acrescentado a norte (fachada à esquerda na foto) e a sala de aulas passou a dispor de palco. Neste "Salão da Vila Amália", realizaram-se imensos espectáculos e reuniões importantes na história da Vila.
Santa Joana Princesa, filha de D. Afonso V e irmã de D. João II, nunca foi santificada, mas o povo classificou-a assim, e assim ficou [ler →].
School of Saint Joana, the Princess, in 1926 — nowadays the Externato Santa Joana. José Joaquim da Luz Rumina and his wife, Maria Amália, founded this institution in the 20s, as an orphanage. In the classroom, with a theater stage added later, took place many perfomances and historic meetings.
Saint Joana, the Princess, daughter and sister of Portuguese kings, was never declared Saint by the Church: it was the people that decided so.

6 Comentários:

Às 25/9/08 , Anonymous Anónimo disse...

Lá tiveram lugar inúmeros espectáculos, belas peças de teatro como "Fátima, Terra de Fé" e "Mãos Vermelhas", ambas com a chancela de João Salgueiro Simplício.
Sem esquecer as inesquecíveis festas do 1º de Dezembro, dia da Mocidade.
Bons tempos...

 
Às 26/9/08 , Anonymous Anónimo disse...

Permita-me a correcção. Santa Joana Princesa é filha de D. Afonso V e não de D. Afonso I. Estou certo que se tratou de um lapso de escrita somente.

Apelando ao seu bom senso tomei a liberdade de falar um pouco mais sobre tão ilustre personagem do nosso imaginário colectivo.


Joana (Santa).
n. 6 de Fevereiro de 1452.
f. 12 de Maio de 1490.

Princesa de Portugal, filha do rei D. Afonso V e da rainha, sua mulher, D. Isabel.
N. em Lisboa a 6 de Fevereiro de 1452; fal. no convento de Aveiro a 12 de Maio de 1490.
0 nascimento desta princesa causou o maior entusiasmo e alegria, por não haver sucessor, e logo no berço foi jurada em cortes por princesa herdeira do reino, titulo que pela primeira vez se dava em Portugal. 0 nome de Joana, que recebeu no baptismo, fora em memória de S. João Evangelista, a que sua mãe consagrava cordial afecto. Desde muito criança mostrou tendências para a vida religiosa. Tinha 15 anos quando faleceu a rainha sua mãe, e D. Afonso V logo lhe deu casa com a mesma grandeza e fausto, e por mordomo, primeiramente a Fernão Telo de Menezes, do seu conselho, e depois a D. João de Lima, 2.º visconde de Vila Nova da Cerveira. A princesa continuou na sua vida religiosa, tornando-se digna da admiração de todos pelas suas elevadas virtudes, e pela forma com que ao decoro da sua pessoa unia os rigores da maior austeridade, porque no público ostentava pelas galas a pompa e fausto senhoril, e no interior ocultava por baixo delas a estamenha grosseira, o cilício e outros instrumentos de penitencia. Não faltava nas festas e nas danças com o semblante alegre, mas não perdia um só momento de se entregar com humildade ao jejum, à oração, e sobretudo às muitas esmolas que repartia com largueza, e por sua própria mão aos pobres. Chegou a ter por divisa, pela sua grande devoção, e a mandar pintar uma coroa de espinhos em todas as salas do seu paço, fazendo-a gravar em sua prata, e esmaltar em todas as suas jóias. Alguns príncipes desejaram tê-la por esposa; Luís XI, rei de França, pediu-a em casamento para o delfim seu filho; Maximiliano, rei dos romanos, filho do imperador Frederico III; Carlos III, rei de Inglaterra; porém a santa princesa todos rejeitou, porque o seu maior desejo era consagrar-se a Deus.
Em 1471, voltando D. Afonso V da tomada de Arzila e de Tanger; determinou Santa Joana cortar por tudo que se oferecesse contra a sua vocação, e tomar o hábito de religiosa. Esperou o pai, vestida ricamente e adornada com as melhores jóias, beijou-lhe reverente a mão, declarou sua vontade, requereu como paga do mesmo triunfo que ele ganhara, instou, e conseguiu, ainda que contra vontade de D. Afonso, o que ela mais desejava, a entrada no claustro. Passou primeiro ao mosteiro de Odivelas para a companhia de D. Filipa de Lencastre, sua tia; sentindo, porém, abraçar-se em desejos de mais austera observância, resolveu recolher-se no convento de Jesus de Aveiro da ordens de S. Domingos, por ter fama de grande austeridade, preferindo-o ao de Santa Clara, de Coimbra, que seu pai lhe apontava. Fez a sua entrada solene no referido convento de Aveiro com a mesma, D. Filipa, sua tia, a 3 de Agosto de 1472. Desejosa de professar, passados dois anos e meio depois da sua entrada, a 25 de Janeiro de 1475, vestiu o hábito com todas as cerimónias da religião. A deliberação da piedosa princesa causou o maior desgosto a D. Afonso V e a seu filho, o príncipe D. João, que se opuseram energicamente, assim como os grandes do reino, levando os povos a protestar por seus procuradores à porta do mosteiro contra aquela resolução, de que podiam resultam graves perigos para o reino em vista da falta de sucessores à Coroa, mas esses rogos, nem a doença, de que esteve quase sendo vitima antes de terminar o ano de noviciado, fizeram desistir a princesa do seu propósito. Não pôde, contudo, professar, porque uma junta de teólogos congregada na presença do soberano para decidir tão importante assunto, resolveu que a princesa estava obrigada em consciência a deixar essa pretensão. D. Joana, vendo que não podia realizar o seu desejo, contentou-se em ficar no convento como secular, não havendo meio de a resolver a voltar à corte. No ano de 1479, porém, sobreveio-lhe nova tribulação com a peste que se desenvolveu em Aveiro, e a santa princesa foi constrangida a sair do convento a 7 de Setembro e a retirar-se à vila de Avis, e depois a Abrantes. Cessando o mal, passados 11 meses, recolheu-se outra vez ao seu convento. Com a morte do rei seu pai em 1481 e tendo sido aclamado seu irmão D. João II, fez voto solene de castidade a 25 de Novembro do referido ano, continuando com maior fervor os seus costumados exercícios com todos os rigores de religiosa, até que faleceu. Foi sepultada no coro, onde em 1577 D. Ana Manique de Lara, duquesa de Caminha, lhe mandou fazer um túmulo de ébano, marchetado de bronze dourado.
Pelas suas virtudes o povo principiou a considerá-la santa, culto que já lhe rendia em vida, mas que aumentou em devoção depois da sua morte. No ano de 1626 começou-se com grande empenho a diligência da sua beatificação. Abriu-se o túmulo, e encontrou-se o corpo como se tivesse ali sido depositado naquela hora; tiradas as inquirições de seus milagres pelo bispo de Coimbra D. João Manuel, se lhe mandou pendurar diante uma lâmpada de prata. Foi canonizada a 4 de Abril de 1693, por Inocêncio XII, concedendo que no reino e seus domínios se pudesse rezar desta virgem, e pudessem ser veneradas as suas imagens, e invocar a protecção, como bem-aventurada, a rogos do rei D. Pedro II e de todos os prelados e magistrados do reino. 0 referido monarca D. Pedro II lhe mandou fazer um sumptuoso mausoléu de jaspe finíssimo lavrado com variedade de embutidos, mas só depois da sua morte, é que as santas relíquias para ali foram trasladadas, a 25 de Outubro de 1711. Sobre o mausoléu estão as quinas portuguesas, e na face a coroa de espinhos que a santa adoptara por divisa. 0 mausoléu estava cercado de lâmpadas, e o duque de Aveiro, D. Gabriel de Lencastre, lhe ajuntou 5 primorosos candeeiros de prata de grande valor, que doou ao mosteiro. Santa Joana foi senhora da vila de Aveiro e seu termo, menos a jurisdição que não quis nunca, e de todas as rendas, direitos reais dízimos de pescado, com a sisa e imposição do sal da mesma vila; e dos lugares de Mortágua, Eixo, Requeixo, a quinta de Vilarinho e de Balsaime, com todos os seus reguengos de que se lhe fez mercê a 19 de Agosto de 1485, como consta do Arquivo Real.
Princesa Santa Joana

In Dicionário História de Portugal

 
Às 26/9/08 , Blogger Joao Augusto Aldeia disse...

Sim, foi por lapso que escrevi D. Afonso I em vez de D. Afonso V. Agradeço a chamada de atenção e irei já corrigir.

 
Às 28/9/08 , Anonymous Anónimo disse...

Alguém pode esclarecer se esta Escola ( o edifício ) é privada ou se pertence a alguma entidade pública ?

 
Às 28/9/08 , Blogger Joao Augusto Aldeia disse...

Quem usa actualmente o edifício é a Associação Externato Santa Joana, uma instituição particular de solidariedade social, que tem por fim desenvolver actividades de creche e jardim de infância. É uma ocupação consentânea com o motivo da criação do primitivo orfanato. Esta casa também teve os seus altos e baixos, e em 1967, quando se já designava Externato Santa Joana, a sua administração chegou a ser entregue, por despacho ministerial, à Santa Casa da Misericórdia.

 
Às 2/10/08 , Anonymous Anónimo disse...

É pena a sala de espectáculos da Vila Amália onde vi também grandes e bons espectáculos de teatro, não esteja aproveitada para aí funcionar um grupo amador por exemplo, tem um palco muito exclente qie devidamente aadptado ás noves tecnologias, srie muito interessante dar continuidade á tradição da Velha Vila Amália.
Mas salvagurdando como é óbvio um novo espaço para as crianças.

 

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