De costas, no primeiro plano, Francisco Reis Marques. Mais além, António Ratinho, Raul Rodrigues, os amigos não faltaram. Só não vemos a Guilhermina nem a Felícia nem o Augusto. Não terão sidoinformados?
Para mim é certamente mais importante o livro e o seu conteúdo — mais um livro sobre Sesimbra, mais um livro de António Manuel Cagica Rapaz em reflexão sobre o que é ser sesimbrense, mas um livro que nos enche de alegria e orgulho por aqui vivermos; e um livro que conta ainda com um texto de Pedro Martins, que não só ilumina a obra literária de AMCR, como também esta apaixonada e dolorosa relação que todos mantemos com esta terra (descontando, contudo, a desnecessária referência a este blog, só compreensível como gesto de amizade do Pedro).
Isso é que é importante, e não a calhandrice de quem esteve ou não esteve, a perda de tempo com essa política rasteira de marcar falta àqueles de quem não gostamos, omitindo, por calculada conveniência, outros — tudo isso se dispensa, aqui, nesta caixa de comentários.
Venho agora mesmo bater-te à porta, chegado da Magra Carta, (onde acabei de te responder), só para te agradecer as palavras simpáticas e para te dizer que não foi a amizade (ou só a amizade) - de resto, absolutamente efectiva - que motivou a referência ao "Sesimbra". Tão somente, ou sobretudo, a grande valia de um projecto com um estilo e um propósito, que é hoje um arquivo indispensável à história do concelho e também uma singular janela aberta sobre a actualidade.
Ser sesimbrense é partilhar a vida social comunitária da vila, e também do concelho, sentindo que pertencemos a essa comunidade, que somos um pequeno elo da cadeia de homens e mulheres que a vão tecendo, sendo muito importante a cadeia familiar e a rede de famílias com que identificamos casas e ruas. Ser de Sesimbra é conhecer a sua História e os seus homens e mulheres de referência, mas também as pequenas histórias, por vezes caricatas, que traduzem um modo particular de lidar com a vida, com os seus dramas e as suas ironias, que também são próprios de cada terra. É-se sesimbrense da mesma maneira que outros são de outras terras, só que cada uma delas tem as suas particularidades, a sua História, os seus sítios e as suas pessoas de referência.
Ser-se sesimbrense é sentir que a terra nos diz, tal como Sesimbra diz ao Mar.
Ao ler a sua descrição não so me fez sorrir como também me sentir vaidosa comigo mesma! Digo isto porque sou "alfacinha" e só há oito anos que aqui fixei residencia. Identifico-me com as pessoas, com os locais e chego a pensar que noutra reencarnação devo ter sido "pexita";))))***
Sesimbra, por fora e por dentro: as grutas, a fauna cavernícola e a sua ecologia
Ana Sofia Reboleira, Fernando Correia
"Povoadas por inúmeras lendas e mitos, as grutas são cápsulas do tempo que conservam importantes registos para a construção da nossa identidade, dado que os seres humanos aqui se abrigaram nos princípios da humanidade e deixaram vestígios pré-históricos para memória futura da sua presença", explica Sofia Reboleira. "Mas, talvez mais importante que o passado, é dar a saber que estas albergam hoje estranhas formas de vida, permitindo reinterpretar a história da vida na terra e de como ela se transforma para sobreviver em ambientes tão inóspitos e extremos.", afirma ainda a especialista em fauna cavernícola.
"Exatamente por o tema ser tão singular e estranho, tivemos especial cuidado em criar e estruturar esta obra segundo uma linguagem acessível e motivadora, embora funcional e construtiva no edificar de um saber especial", argumenta Fernando Correia. O responsável pela ilustração da obra salienta: "Fizemos um grande esforço para que isso mesmo sobressaísse quer no discurso escrito, quer ao nível visual, por forma a impulsionar a leitura, e, de caminho, ajudar também a promover a exploração do concelho sob outros olhos. Procurámos construir um livro que cativasse e ensinasse de forma entusiástica — mas sem que pareça uma lição ou sem perder a necessária objectividade e correção científica — e onde a forma como se divulga a Ciência mais atual seja a adequada para a multitude de públicos a que a destinámos."
Além do especial cuidado dedicado ao texto escrito por ambos os biólogos (que contempla várias investigações desenvolvidas no concelho), foi feito um grande esforço para ilustrar profusamente o livro com imagens também inéditas, fotografias e ilustrações, esteticamente interessantes e sumamente didáticas (ao qual se adiciona um design sóbrio, mas fluido).
De realçar que as ilustrações são ilustrações científicas e, como tal, criadas propositadamente para complementar e, às vezes, suplementar, o discurso científico da obra, tornando-a, na perspectiva de um todo, muito mais completo e instigante à descoberta.
Os homens do mar de Sesimbra são sábios. Sempre souberam transmitir o seu conhecimento aos aprendizes atentos, aos capazes,
como escreveu Álvaro Ribeiro, de aceitar a audiência antes da evidência. Grau a grau, ou degrau a degrau, se ascende de moço a arrais, passando por companheiro.
Rafael Monteiro
★
Gama, Cão ou Zarco
Não nasceram aqui.
Quem nasceu aqui foi o barco.
António Telmo
Marés em Sesimbra / Tide table [ mare.frbateaux.net ]
Fotos TrekEarth Photos.
Pesqueiros de Sesimbra (fishing sites)
10 Comentários:
De costas, no primeiro plano, Francisco Reis Marques. Mais além, António Ratinho, Raul Rodrigues, os amigos não faltaram.
Só não vemos a Guilhermina nem a Felícia nem o Augusto.
Não terão sidoinformados?
Para mim é certamente mais importante o livro e o seu conteúdo — mais um livro sobre Sesimbra, mais um livro de António Manuel Cagica Rapaz em reflexão sobre o que é ser sesimbrense, mas um livro que nos enche de alegria e orgulho por aqui vivermos; e um livro que conta ainda com um texto de Pedro Martins, que não só ilumina a obra literária de AMCR, como também esta apaixonada e dolorosa relação que todos mantemos com esta terra (descontando, contudo, a desnecessária referência a este blog, só compreensível como gesto de amizade do Pedro).
Isso é que é importante, e não a calhandrice de quem esteve ou não esteve, a perda de tempo com essa política rasteira de marcar falta àqueles de quem não gostamos, omitindo, por calculada conveniência, outros — tudo isso se dispensa, aqui, nesta caixa de comentários.
A onde posso adquirir este livro?
Julgo saber que há a intenção de o pôr à venda na livraria Universal.
Caro João,
Venho agora mesmo bater-te à porta, chegado da Magra Carta, (onde acabei de te responder), só para te agradecer as palavras simpáticas e para te dizer que não foi a amizade (ou só a amizade) - de resto, absolutamente efectiva - que motivou a referência ao "Sesimbra". Tão somente, ou sobretudo, a grande valia de um projecto com um estilo e um propósito, que é hoje um arquivo indispensável à história do concelho e também uma singular janela aberta sobre a actualidade.
Pedro Martins
Afinal, o que é ser sesimbrense ?
Ah A pergunta milionária!
Ser sesimbrense é partilhar a vida social comunitária da vila, e também do concelho, sentindo que pertencemos a essa comunidade, que somos um pequeno elo da cadeia de homens e mulheres que a vão tecendo, sendo muito importante a cadeia familiar e a rede de famílias com que identificamos casas e ruas. Ser de Sesimbra é conhecer a sua História e os seus homens e mulheres de referência, mas também as pequenas histórias, por vezes caricatas, que traduzem um modo particular de lidar com a vida, com os seus dramas e as suas ironias, que também são próprios de cada terra. É-se sesimbrense da mesma maneira que outros são de outras terras, só que cada uma delas tem as suas particularidades, a sua História, os seus sítios e as suas pessoas de referência.
Ser-se sesimbrense é sentir que a terra nos diz, tal como Sesimbra diz ao Mar.
Ao ler a sua descrição não so me fez sorrir como também me sentir vaidosa comigo mesma!
Digo isto porque sou "alfacinha" e só há oito anos que aqui fixei residencia. Identifico-me com as pessoas, com os locais e chego a pensar que noutra reencarnação devo ter sido "pexita";))))***
Ou é ser como o tio Escuminha, quando lemos no livro do Cagica que "o mar chama por ele todas as manhãs".
O mar conhece os seus, não chama por qualquer um...
Caro Pedro Martins,
Se este admirável blogue que é o "Sesimbra" é uma janela aberta, será que também o poderemos designar por Janela com (fotografias e) Escritos?
Honni soit...
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