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Porto de Sesimbra. Se tivesse que lhe dar um nome, o desta fotografia seria "Bandeiras ao Vento", título de uma das novelas do saudoso Capitão Hornblower ( → ). | ∫ | Sesimbra harbour. If I should pick a name for this photo, it would be "Flying Colours", the title of one of the novels of Captain Hornblower ( → ), a reading from my youth. |
17 Comentários:
Interesting shot - I like it.
As balizas das redes descansam, parece que já conheceram melhores dias. Redes que já foram laboriosas, hoje, reformadas, aguardam qualquer outra serventia.
A fotografia é mesmo interessante.
Como todas aqui no Sesimbra.
Tirando as obras e os bicharocos, o Dr. sabe...
Detras de estas hermosas banderas al viento que nos has fotografiado, puedo ver el resultado de esa dolencia que se está extendiendo por toda la costa, especulación urbanística creo que se hace llamar...
A amigo Aldeia o progresso não está só nas mudanças,está fundamentalmente na preservação da identidade.
Concordo em absoluto com o comentário do anónimo que me antecede. A modernidade descaracterizou a idílica vila piscatória de há algumas décadas atrás e retirou-lhe uma personalidade única, valor que a distinguia de tantas outras vilas do nosso país.
MP
Sem dúvida que alterou, mas a pergunta que eu coloco é: poderia a vila ter ficado como estava? Certamente que não. Também não se podiam continuar a fazer edifícios e casas como as que existiam, seria um anacronismo (e até mesmo alguns prédios e casas agora tão elogiados, como os das fachadas de azulejo do liberalismo, no seu tempo alteraram o padrão urbano anterior).
Se a vila não podia ficar como estava, e se não se podia fazer igual, teria de se fazer diferente. Sempre gostava que me dissessem como deveriam ser esses tais prédios e casas que preservariam a identidade. Uma coisa é certa: não se construiram aqui as torres que descaracterizaram muitas povoações algarvias. Para além das aberrações da falésia (que são anteriores a 1974) a construção respeitou a forma de "concha" da vila.
Mas, confesso, gostava de saber um pouco mais sobre as opiniões divergentes, para além da banalidade da afirmação de que "descaracterizaram a vila" (ou "destruiram", nalgumas versões mais radicais). O que defendem? Que se mantivesse como estava? Que se fizessem prédios e casas iguais? E iguais a quê, já que havia grande diversidade? Têm algum exemplo que possam apresentar?
Esse adjectivo que usou, "idílica" é revelador. Naquilo que era idílica, Sesimbra mantém-se: o seu enquadramento marítimo deslumbrante, as suas ruas estreitas, as casas evoluindo orgânicamente sobre as colinas. O que foi construído de novo é diferente, mas como é que podia ser igual? Porém, a Sesimbra antiga não era só idílica (como a fotografia documenta). E a imagem urbana era dominada por grandes armazéns do tempo das conservas, que pouco tinham de idílico.
Deve ser a estupidez, que me foi diagnosticada por um visitante, que me leva a gostar da vila actual, tal como sempre gostei dela: pacata, cordial, com escala humana. E os sesimbrenses devem orgulhar-se da terra que construiram, exactamente tal como ela está hoje. Será que precisam de ouvir isto de alguém vindo de fora, para acreditarem?
Caro JA Aldeia
Não sei como é que deveriam ser os edifícios e casas que respeitassem a identidade da vila. Só sei que os edíficos construídos nos locais ocupados pelos antigos armazéns de companha são de traça e beleza arquitectónica duvidosas, sem qualquer tipo de charme. A zona leste da vila transformou-se numa autêntica selva de betão e a nascente a coisa parece ir pelo mesmo caminho. Já para não falar do porto de abrigo, de dimensões faraónicas, que destruiu uma orla marítima de grande beleza. Não sou contra o progresso; sou é contra esta forma de "progresso" e "desenvolvimento" que assenta na política de betão e faz tábua rasa dos valores naturais e paisagísticos.
Saudações cordiais
MP
Uma correcção ao comentário anterior: Onde escrevi "nascente" deve ler-se "poente".
MP
Enfim, são maneiras de ver. Também não gosto especialmente dos novos edifícios, mas não me parece que mereçam a designação de selva. Naquilo que é subjectivo, no que depende do gosto de cada um, não há muito que discutir. Mas de um modo geral a vila é funcional, e se por vezes há engarrafamentos é mais devido a estacionamentos indevidos. Expressões como "selva", ou "caos", são termos da moda, claramente exagerados face aos problemas existentes.
Quanto ao porto de abrigo, também não vejo que outra coisa poderia ter sido feita para ultrapassar os graves problemas de não termos porto. E não tem dimensão faraónica, pelo contrário, é insuficiente para as necessidades actuais. Sei que muitas pessoas já dão a pesca como quase desaparecida, mas fariam bem em olhar para os valores da pesca.
Há realmente muitos problemas no nosso urbanismo, mas, como noutras coisas, só se resolvem com diagnósticos desapaixonados, e não com expressões maximalistas. Um bom exercício para os pessimistas seria tentarem escrever num papel o que Sesimbra tem de bom.
Tenho uma grande nostalgia pela Sesimbra da minha juventude, desde a praia da doca até às rochas do Caneiro, desde a Alfarrobeira à Fortaleza. Mas não vou dizer que estragaram tudo só para seguir as modas e dizer o que todos dizem. Gosto de pensar pela minha cabeça, independentemente dos problemas que isso me traga, e sempre foi assim.
Amigo Aldeia não se enerve!Pediu um exemplo de urbanismo sustentável que preserve a identidade de uma comunidade,aqui vai:a recuperção da zona ribeirinhado PORTO que hoje é considerada património mundial.
"o Porto de abrigo é insuficiente para as necessidades actuais"
A que necessidades se refere ?
MP
Que história é essa de me enervar? Estou calmo e até bastante divertido com este ameno debate. De facto, não pedi nenhum exemplo de "recuperação" de zonas antigas degradadas, mas sim de cresimento duma zona tradicional, em que esse crescimento tenha seguido o modelo que defendem, mas que nunca especificam como poderia ser. Pode ser que conheça algum exemplo, seria sempre bom partilhar.
Quanto ao Porto, estive há pouco tempo na Ribeira, por duas vezes, e andei por lá com vagar. Não recomendo. Está soturna e suja. Não me interessa se a classificaram como paraíso urbano, eu não gostava de viver ali. Em contrapartida, aconselho os restaurantes da outra margem, em Gaia. É uma zona recente, moderna, tem animação, come-se bem e tem muita e boa música ao vivo.
Quanto ao porto de Sesimbra, referia-me a: pesca, actividades turístico-marítimas, mergulho, náutica de recreio (do Clube Naval e Anarese), transformação de pescado (ArtesanalPesca), reparação naval. E há ainda a possibilidade de novas actividades,como a aquicultura em meio marinho, onde hámanifestações de interesse em investir, e que necessitariam de instalações em terra.
A APSS fez recentemente um estudo de ordenamento onde tudo isso (menos necessidades potenciais) se encontra caracterizado. Esse documento estava na net, mas não encontro o endereço (a quem interessar posso enviar por email em ficheiro zip). Há também uma caracterização sumária do porto de Sesimbra aqui →.
A coisa por aqui está séria.
Tenho acompanhado Sesimbra desde 2000. Há dois que não vou lá. Será que vou gostar de algumas modernices?
swt: A Sesimbra de 2000 é já a Sesimbra moderna. Qual é a sua opinião sobre ela?
j.a.aldeia
É muito equilibrada.
Sinto-me lá muito bem. Estou curiosa de ver o prolongamento da Praia da Califórnia, que, vi aqui no Sesimbra,levou uma grande volta. Dessa parte aí fico assim na expectativa.
Gosto muito de comer no restaurante Santiago e não me pergunte porquê...acho que é pela vista.
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