[ blog©Sesimbra - clique para ampliar ]
António Telmo, professor e filósofo, na Biblioteca de Sesimbra durante o lançamento do seu livro "Contos Secretos", com desenhos de Espiga, apresentado por Pedro Sinde. António Telmo, que viveu muitos anos em Sesimbra, desde a sua adolescência, foi depois professor no Colégio Costa Marques e primeiro director da biblioteca de Sesimbra. Grande figura do movimento da Filosofia Portuguesa, é o representante duma geração de grandes pensadores, a que pertenceram Álvaro Marinho, Agostinho da Silva, o seu irmão Orlando Vitorino e o sesimbrense Rafael Monteiro, entre outros, discípulos, companheiros e continuadores de Sampaio Bruno, Leonardo Coimbra e Álvaro Ribeiro. O livro "Contos Secretos", para além da sua valia literária, revela muito do pensamento filosófico deste grupo de ousa pensar em portugês, numa época em que as universidades portuguesas assinaram pactos para pensar em "amaricano", vendendo-se ao objectivo da produtividade económica. | ∫ | Antonio Telmo, teacher and philosopher, in the Library of Sesimbra during the presentation of his book "Secret Short Stories," with drawings by Espiga, presented by Pedro Sinde. Antonio Telmo lived many years in Sesimbra, since his teens, teached at the College Costa Marques and was the first director of our library. Great figure of the movement of Portuguese Philosophy, he is the representative of a generation of great thinkers, like Alvaro Marinho, Agostinho da Silva, his brother Orlando Vitorino and Rafael Monteiro, among others, all of them disciples and companions of Sampaio Bruno, Leonardo Coimbra and Alvaro Ribeiro. The book "Secret Short Stories", in addition to the literary value, reveals much of the philosophical thought of this group that dares to think in Portuguese, at a time when the portuguese universities signed a pact to think in "Americanomics", selling-out to the Economic Productivity Objective. |
9 Comentários:
A estes nomes ilustres é justo acrescentar o de Pedro Martins, jovem filósofo que já alcançou assinalável relevância à escala nacional.
Mais do que ser já o sucessor de Rafael Monteiro, Pedro Martins é o discípulo preferido do mestre António Telmo de quem poderá vir a ser o herdeiro espiritual.
Pedro Martins escolheu Sesimbra, mas pouca gente desta terra conhecesse a sua verdadeira dimensão de intelectual.
E há quem finja não saber.
O seu primeiro livro (O Anjo e a Sombra) é notável.
O segundo (a sair brevemente) é um marco na moderna filosofia portuguesa.
A jornada de ontem, entre pares, foi a consagração de Pedro Martins.
Conhece, e não conhecesse, claro.
Belíssima fotografia de António Telmo, o mestre na plenitude da luz que o inspira e com a qual nos ilumina e impressiona.
Não é por nada, mas não me pareceu ver por lá a doutora Guilhermina.
É suposto ela estar a par destas coisecas da filosofia, não é?
Afinal, aquelas trivialidades acontecem na Biblioteca, não é?
Agradeço ao leitor que escreveu o primeiro comentário a esta entrada a simpatia que nele me dispensa. Será, porém, estritamente necessário que aqui lhe diga que não posso aceitar, de todo, os termos em que enuncia o segundo parágrafo desse seu comentário. António Telmo honra-me com a sua amizade e devo-lhe muito do pouco que sei e algo daquilo que sou; assim como devo outro tanto a Pedro Sinde, a quem me ligam idênticos laços de fraternidade espiritual. Se, como o Pedro ontem afirmou, durante a apresentação dos "Contos Secretos" de António Telmo, devemos procurar sugerir uma verdade, em vez de a afirmarmos de modo ostensivo e, por isso, quase ofensivo para o leitor, dizendo eu isto, aqui e agora, fica (quase) tudo dito.
Também acho que há no primeiro comentário um entusiasmo que é preciso conter.
Acontece que o Pedro Martins não é apenas um notável intelectual: também é jovem, e está possuído de um tal entusiasmo pela Filosofia Portuguesa, que promete não pouca coisa. Ora, se começamos já a usar superlativos, mais tarde podem-nos faltar palavras, tal como aconteceu aos admiradores da fadista Amália Rodrigues, que depois de terem esgotado os adjectivos, e à medida que a fadista crescia, tiveram que optar por uma deselegante caracterização como "a expressão máxima do fado". E quanto a filiações, se é certo que há um fundo de verdade no que escreve, também, por outro lado, me parece cedo para circunscrever dessa forma o caminho do Pedro Martins.
No sábado, na Biblioteca de Sesimbra, ocorreram dois eventos distintos. Um foi o lançamento do livro de contos de António Telmo, e é apenas sobre isso que escrevi. Seguiu-se um debate sobre a Filosofia Portuguesa que optei por não comentar apenas por uma razão: falta de conhecimentos e/ou capacidade para sintetizar a complexidade dos lições dos oradores.
Pelo que li, fico com a ideia de que o importante aqui, mais adjectivo menos epíteto, foi chamar a atenção de algumas pessoas para a importância da filosofia e para o papel e o valor de Pedro Martins, sem ficarmos à espera que ele deixe crescer a barba, fume cachimbo ou assuma poses de intelectual de botequim.
Pedro Martins não é apenas o inspirador e timoneiro da excelente agenda cultural "Sesimbra Eventos".
Nem é só o implacável analista político, de bela prosa, do saudoso blogue "Sesimbra e Ventos".
É já um valor seguro no panorama da filosofia portuguesa e um homem de grande dimensão intelectual.
Habituem-se...
Talvez ele prefira outras, mas esta é uma fotografia exemplar de António Telmo.
O seu olhar e o seu sorriso exprimem de maneira perfeita o que o torna invulgar,quase único, o espírito fino, a inteligência límpida e a ironia deliciosa que, às vezes, raia o sarcasmo implacável.
This portrait is excellent!
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial