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Praça, Sesimbra.
Por causa do vermelho e verde ocorreu-me que esta fotografia, tirada hoje, poderia servir para assinalar os 97 anos da República. Os feijões, pimentos, pepinos e abóbora também se parecem oferecer como metáforas. E não é verdade que continuamos vergados sob o peso das necessidades materiais?
4 Comentários:
Verdade seja dita, o reino vegetal não oferece grande suporte à anterior bandeira, azul e branca, que, em minha opinião, tinha maior beleza do que a adoptada pela República. Talvez só os nabos, na sua alvura debruada de roxo pálido, se aproximem do estandarte monárquico. Provável nabice foi não se haver seguido a sugestão de Junqueiro: manter a anterior bandeira, tirando-lhe apenas a coroa.
Talvez Portugal deva a sua existência e sigularidade ao mar e seus ofícios, e não à terra e à agricultura.
É curioso notar que, segundo António Quadros, a civilização megalítica da faixa ocidental da Península Ibérica é bastante superior à da meseta, a que os arqueólogos chama "cultura de las cuevas". Mas a este factor de diferenciação acresce um outro: nesse período, o povo da faixa ocidental seria, conjecturalmente, um povo de navegadores, se admitirmos a hipótese de que o megalitismo peninsular irradiou, depois, para as ilhas britânicas e para Oriente, via Mediterrâneo.
Se for assim - e António Quadros apresenta fortes argumentos - isto explica muita coisa.
Com alguma, mas leve, brejeirice, a imagem do senhor curvado faz lembrar a anedota dos tomates de chumbo...
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