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"Vale Paraíso" é o nome pelo qual sempre conheci este vale que se abre no sopé da colina do castelo e desce até ao Largo Almirante Gago Coutinho. Como os meus primos moravam no Bairro dos Bombeiros, uma das nossas linhas de incursão táctica fazia-se pelos terrenos atrás do cemitério ("Chico 18") e pela encosta nascente deste vale, mas sem descer muito até à zona habitada, por deferência para com as seitas das terras baixas. Era-nos mais fácil a progressão pelos terrenos na parte superior do vale, até à fábrica de pirolitos do Proença e na extensão da vinha do Jacob, magnífica atalaia mas muito bem guardada pelo proprietário (aconteceu-me lá o mesmo que ao Fernão Veloso dos Lusíadas...)
Actualmente a relação de forças no terreno parece ser outra. Não se vê por ali miúdos — suponho que estejam em recruta nos simuladores virtuais dos respectivos computadores. Com este recuo táctico dos "rapazes pequenos" o terreno ficou relativamente seguro para campanhas de ocupação de seitas de fora, as quais, mal ali chegam, fortificam rijamente o terreno. Neste momento, por exemplo, a parte baixa do vale já se encontra coberta pela Rua Major Joaquim Preto Chagas e ladeada por edificações. Aqui mesmo está a surgir um grande bloco de apartamentos, promovido por alguém que associa a palavra Oásis ao santo João — talvez inspirado no nome da pequena elevação vizinha conhecida como "altinho de S. João". E tal como fazem amiúde os ocupantes alienígenas, renomearam o local, mas como "Vale das Amendoeiras".
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