Bairro dos pescadores
Cubos alinhados No alto do morro, Deitados ao sol, São barcos cansados Pedindo socorro, Sem verem farol. Casa caiadinha Pequenina, embora, Constitui um lar. Lembra uma velhinha Espreitando cá fora O sol a chegar. Gemem velhas preces Os tectos ao vento, Batidos sem dó. São as almas desses Que sem um lamento O mar já levou. A noite está fria, Não há agasalho E o mar fica longe. Quem não quereria Trocar o tabalho P'la vida do monge! O mar não dá peixe, A casa é sem pão, O ralho é comida. Ai!, quem não te deixe Outra profissão!... Que raio de vida! Manuel J. Palmeirim |
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