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tríptico de Maria Helena Patrício Leite
A propósito do Dia Mundial do Livro, que se celebra hoje, recordo a inauguração da Biblioteca Municipal de Sesimbra, ocorrida em 14 de Dezembro de 1963 - o que quer dizer que a nossa Biblioteca tem quase 44 anos, e não apenas os escassos 2 anos que, surpreendentemente, são ultimamente referidos.
Aquando da referida inauguração, a Biblioteca era composta por dois fundos bibliográficos: o da Biblioteca Gulbenkian (substituindo a carrinha itinerante que nos trazia os livros de 15 em 15 dias) e o da Biblioteca Municipal. Nesta última avultavam os livros oferecidos por sesimbrenses (principalmente por Emílio Caldeira Braz) bem como os numerosos e pesados volumes da "Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira", oferecida pelo Prof. Dr. Manuel Fernandes Marques - volumes que tantas vezes consultei, quer por curiosidade pessoal, quer para apoio a trabalhos escolares.
Na inauguração, para além do presidente da Câmara, sr. Mário Águas, estiveram o escritor Domingo Monteiro e o filósofo Orlando Vitorino, em representação da Fundação Gulbenkian.
Apesar da modéstia das instalações - uma única sala ladeada por estantes com livros, no espaço que em tempos fora a Capela do Espírito Santo - o escritor Domingos Monteiro considerou-a como "do melhor que se tem encontrado no país". Na decoração da sala destacava-se o tríptico de Maria Helena Patrício Leite alusivo às actividades piscatórias da vila.
Obrigada a sair daquele espaço por motivo de obras -que depois se arrastaram por longos anos - a Biblioteca esteve instalada num edifício ao fundo da Rua Amália, e mais tarde num pavilhão pré-bricado no "antigo ciclo", mais ou menos en frente ao Cine-Teatro João Mota, para onde se mudou recentemente, após obras igualmente demoradas.
Tal como não é o hábito que faz o monge, não é a mudança de instalações que altera a natureza de uma Biblioteca. Quando passar o deslumbramento das actuais instalações, a Biblioteca poderá homenagear a sua verdadeira origem e certidão de nascimento, bem como o magnífico trabalho dos seus Directores, cargo iniciado pelo professor e filósofo António Telmo, e desempenhado actualmente pela Drª. Maria José Albuquerque.
10 Comentários:
Onde poderei este tríptico?
O quadro encontra-se guardado pela Câmara, desde o encerramento das instalações da Biblioteca na Capela do Espírito Santo.
Olá! Já cá não vinha há uns tempinhos!!!
Mas não queria deixar de informar que inaugura hoje, pelas 18h00, a Exposição do «Prémio de Pintura João Barata 2005/2006», de Rodrigo Bettencourt da Câmara (1º Prémio), na Galeria de Arte Moderna da Sociedade Nacional de Belas Artes e que estará patente até 22 de Maio de 2007. Ver mais imagens no Atlântico Azul.
Um abraço!!!
J.A.
Obrigado pela informação. Mas o que eu queria mesmo saber é onde é que o quadro está? Na Câmara mas aonde? Pela minha pesquisa parece que ninguém sabe. Está na Câmara, sim! Mas aonde, não.
Será que se juntou àquele outro que estava na entrada da fortaleza?
O património da terra delapidado? Mais que não seja pela negativa de não estarem expostos ao povo.
O quadro está guardado e foi em tempos alvo de restauro. Certamente irá ser colocado na nova Biblioteca, tal como era do agrado da pintora.
Continuamos sem saber onde está guardado o quadro! Se alguém sabe, diga-o. Evitavam-se especulações...
"Não à escuridação do fascismo, sim à claridade da liberdade!"
Teremos que começar a dar palpites?
Já agora, onde estará o busto do Navegador Soromenho que estava no largo frente ao antigo Ciclo, ex-Parque? Estará a fazer companhia ao tríptico?
Já foi dito que o quadro se encontra à guarda da Câmara, não me parece que valha a pena andar a especular com o assunto.
O quadro encontra-se nos pavilhões degradados e sem segurança do antigo ciclo, à mercê de humidade, etc. Toda a gente sabe onde está, mas como a política cultural desta cãmara é o que é, a obra não vai a lado nenhum.
onde foi buscar esta linda imagem a preto e branco?
A reprodução a preto e branco estava num pequeno folheto de divulgação da época. Entretanto ofereci-o, juntamente com outros documentos antigos, ao Arquivo Municipal.
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