Sesimbra

António Maria Santos, produtor de maçã da Azóia
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     Já aqui tínhamos feito referência à iniciativa "Ao encontro da semente", que vai ter lugar nos dias 21 e 22 de Outubro na Forteleza de Santiago, em Sesimbra. Ao contrário dos que se poderia pensar, as sementes, nomeadamente das espécies utilizadas pelo homem, constituem um património que se encontra em perigo de extinção. Por um lado, são variedades tradicionais que deixam de ser utilizadas, ou porque deixaram de estar na "moda", ou porque não interessam aos circuitos comerciais das grandes empresas distribuidoras. Por outro lado, cada vez mais se utilizam sementes de produtos híbridos, sementes essas fornecidas por empresas produtoras, mas cujas plantas já não produzem sementes capazes de ser utilizadas para novas sementeiras.
     Existe, no entanto, um grupo de pessoas que, seja por manterem os valores e a cultura da agricultura tradicional que conhecem desde que nasceram, seja por terem compreendido a importância deste património, têm vindo a tentar preservar essa herança cultural, e é este movimento que se encontra por detrás da iniciativa "Ao encontro da semente".

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     A revista "Pública", que acompanha o jornal Público de hoje, inclui um interessante artigo de João Pacheco, com fotografias de Rui Gaudêncio, sobre este tema, com o título: "Eles guardam o património que comemos". Entre os casos referidos contam-se dois de Sesimbra: António Maria Santos, produtor de maçã camoesa da Azoia (na fotografia de cima) e Graça Ribeiro, que desenvolve agricultura biológica numa quinta perto de Sesimbra, embora não destinada à venda. Reproduzimos ao lado uma imagem da parte da revista que refere estes dois casos.
     "Ao encontro da semente" constitui pois uma excelente oportunidade para podermos aprender como é que este grupo de resistentes defende um dos mais importantes patrimónios da humanidade.
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