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terça-feira, outubro 31, 2006


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Combate a um incêndio numa zona de barracas junto à Rua D. Sancho I.
[ver outras fotografias]

4 Comentários:

Às 1/11/06 , Anonymous Anónimo disse...

Para quando o Quartel dos BVS na zona rural? A sua localização na Vila é obsoleta.

 
Às 2/11/06 , Anonymous Anónimo disse...

E para quando o fim destas barracas? É uma vergonha para a Vila!

Anónimo de 1/11/06,
Concordo plenamente. O verão passado subi até Santana atrás de um camião cisterna dos Bombeiros de Sesimbra e de duas coisas tenho a certeza: chegou tarde ao incêndio e sem água pois deixou-a toda pela estrada abaixo. A maior parte dos incêndios são fora da Vila.

 
Às 8/11/06 , Anonymous Anónimo disse...

Lembro-me disto como se fosse hoje, como se fosse agora mesmo. Sinto o cheiro acre do fumo nestas fotografias.

Antes, nestes barracões, havia uma cordoaria onde um homem grande, gordo, enorme mas gentil e amável que fumava um cachimbo feito de cana e que assegurava aos rapazes pequenos que nas faldas do Castelo vivia um piolho de quinze arrobas, entrançava “cabos” para servirem no mar.

Depois, quando a cordoaria fechou, o espaço foi dividido por anteparas e formaram-se várias habitações de gente humilde. Moradias de pescadores.

Nesse dia horrendo, onde o fogo andou solto, louco e desvairado, saciando-se nos madeiros escurecidos das barracas e fez festim nos parcos haveres da pobreza, fez ainda morrer e matou um pequeníssimo bebé, triste e humilde, adormecido entre os farrapos de uma vida que não foi nada e que se foi com o fumo.

Sabe quem sabe que ali, naquele espaço onde estiveram as barracas e muito antes da cordoaria e muito antes das barracas ardidas e muito antes da infeliz alma esturrada, houve um estaleiro onde, entre os alvoroços da vida e os sonhos dos homens, as mãos grossas, calejadas e brutas, mas sabedoras, de carpinteiros e calafates moldavam outras madeiras e construíam belas e esguias embarcações de Sesimbra. Sim, ali foi um estaleiro e que estaleiro: Elas eram aiolas, botes, chatas e barcas.

Naquele espaço, onde o fogo uma vez matou, mil vezes antes o lume bem-parecido aqueceu e tornou líquido o “picoque” e emprestou aos ares o seu aroma cálido antes que moçoilos robustos, mas descalços, o pincelassem nos cascos das embarcações que dias depois iriam pela rua D. Sancho I, prontas e reluzentes, num bota abaixo ruidoso até ao mar, marejando pela rua da vila sobre travessas botadas no seu caminho e provando o primeiro sal do resto das suas navegações que, curiosamente, na vinham do mar, mas das testas suadas dos homens que as levavam até ele.

Como eu teria querido nunca ter visto estas fotografias e como eu desejaria que elas não viessem a despertar todo este universo de pequenas histórias e coisas de gente pequena e simples, de dor, de pescadores, de vida e que, ao invés, se não as visse, estas coisas continuariam a ficar cada vez mais longe e mais longe na minha memória até as esquecer. Mas não, aí estão elas e impõem-se dizendo-me “Tu conheces as caras das pessoas que estão nas fotografias, tu sabes o que lá se passou, tu sabes quem lá morreu e tu sabes o que lá se construiu. Não tens o direito de esquecer …”

Um regalista que ama quase tanto Sesimbra como um pexito.

 
Às 26/9/09 , Anonymous Anónimo disse...

para queijos da azóia sabino rodrigues.
venho por este meio dizer que esta fabrica de queijos devia melhorar em muitas coisas: como por exemplo na simpatia das pessoas.
e xegar mais cedo aos locais para entregarem os queijos porque não é ao meio dia que se vende queijos mas logo de manha. pensem nisso: SUSETA, ISABEL e SABINO.

 

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