[ clique para ampliar ] «Acusa-se frequentemente os pescadores de imprevidentes. Que injustiça! Quem e onde se educou o pescador para compreender as vantagens da previdência? Seriam os armadores, nas tendas e tabernas que estabeleciam para não terem de lhes dar o dinheiro das férias? Seriam os mesmos, nas lojas de companha em que os pobres párias viviam como escravos em ergástulos? Seriam os mandadores, actuais representantes dos concessionários, quando os obrigavam a embarcar com vendaval, incitando-os com o argumento dos barretes de lula lastrados com pedras? Certamente porque lhes convinha que eles não passassem de pexitos chalreiros como, por troça, os apelidavam; aliás teriam de lhe pagar melhor para poderem constituir pé-de-meia. Ainda hoje, com as percentagens que obtiveram, por meio de greves, algumas sangrentas, os companheiros das armações conseguem, quando muito, a média de dez escudos, por dia, dividido o seu ganho total pelos 365 dias do ano!»
Joaquim Rumina Joaquim Rumina (1876-1962) foi uma notável figura da vida social e cultural de Sesimbra. Médico de profissão, desempenhou durante algum tempo as funções de administrador do Concelho. Foram numerosas as suas iniciativas para desenvolvimento da terra onde nasceu e que tanto amava. Escreveu também muito sobre Sesimbra, e é uma compilação desses seus escritos que surge agora publicada em mais um volume da colecção "Livros de Sesimbra", da Câmara Municipal. O lançamento do livro, com o título "Estudos Históricos e Outros Escritos", terá lugar no próximo dia 23, às 16h00, na Biblioteca Municipal |
|
2 Comentários:
É este Rumina que "diz que disse", assombra os que fazem horas extraordinárias nocturnas na CMS?
Não.Quem assombra as horas extraordinárias é o Augusto e mesmo assim só a alguns.
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial