Beira-mar
«Estava a ler a reportagem de Luísa Schmidt no suplemento Única do jornal Expresso e a lembrar-me da última vez em que estive em Sesimbra, por entre o betão que conflitua com o mar, quando a beira-mar devia ser sempre deserta, um espaço vazio feito de areia ou rocha ou vegetação, entre o mar e terra propriamente dita, a destinada à construção. A beira-mar devia ser uma zona de ninguém, insubstituível, impenetrável, um reenconctro do homem com as moscas, para lembrar Golding, uma ausência de gente, de ruído, de restos de comida, de beatas, de invólucros de gelado. Sesimbra deixou de ter beira-mar e é um assombro de urbanização. E no entanto aí comi umas ostras deliciosas.» in Solvstäg |
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