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quarta-feira, julho 19, 2006

Gulbenkian: 50 anos

O ritual da chegada da biblioteca itinerante da Gulbenkian ao Largo da Marinha constitui uma das minhas melhores recordações de infância. A espera na pequena fila de leitores, o atendimento por ordem e, finalmente, a correria para casa para devorar as imagens e textos, tudo isso constitui uma agradável memória.


Boletim Informativo


Eu ficava em estado de graça e adormecia com os livros debaixo do longo travesseiro da largura da cama. Mais tarde, também com o apoio da Gulbenkian, a Biblioteca foi instalada na Capela do Espírito Santo, outro espaço de gratas recordações.

As bibliotecas itinerantes da Gulbenkian, nas suas carrinhas Citroën HY de chapa ondulada, foram criadas em 1958, aproveitando uma ideia do escritor Branquinho da Fonseca, que foi também o primeiro director do serviço de Bibliotecas da Fundação Calouste Gulbenkian. A Fundação emprestou aos portugueses 97 milhões de livros e as carrinhas, cujo serviço terminou em 2002, levaram livros a 29 milhões de leitores.

Durante o ensino secundário beneficiei de bolsas da Fundação. Quando fui para a universidade tornei-me razoável frequentador de exposições e concertos e estudei muitos dias e muitas horas nos seus belos jardins. Significativamente, a tranquilidade daquele oásis era muitas vezes perturbada pelos sons da carreira de tiro do adjacente quartel do Governo Militar de Lisboa - um sinal dos tempos de guerra que então se viviam.

Tem sido imensa a contribuição da Fundação Calouste Gulbenkian para o país. Os meus agradecimentos e os meus parabéns pelos 50 anos acabados de comemorar pela Gulbenkian.

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