Sugestões para a política de pescas
O euroeputado Paulo Casaca defendeu «uma pesca maioritariamente artesanal, com grandes ligações às comunidades locais e com um impacto económico à escala dessas mesmas comunidades». Ao intervir no Parlamento Europeu, o eurodeputado destacou, em particular, a necessidade «de se adaptar o conceito de pesca costeira às realidades económicas, sociais e sobretudo geográficas das várias regiões envolvidas», sublinhando que, «em zonas vulcânicas, sem plataforma continental e caracterizadas pela existência de bancos de pesca por vezes a grandes distâncias», como os Açores e a Madeira, «o conceito de pesca costeira – entendido como pequena pesca de comunidades locais com predominância de meios artesanais – tem de ser adaptado, para fazer equivaler os bancos de pesca aos das plataformas continentais». Na opinião de Paulo Casaca, esta mudança de entendimento é «extremamente importante no caso dos Açores», na medida em que «constitui uma outra forma de compreender a razão pela qual a definição de águas territoriais não poder ser feita com critérios de distância independentes das realidades geográficas».Num outro debate sobre a introdução de métodos de captura mais respeitadores do ambiente, em Estrasburgo, omesmo eurodeputado defendeu que a utilização de métodos mais amigos do ambiente nas actividades de pesca europeias deve ser a grande prioridade da Política de Pescas da União. O eurodeputado congratulou-se com a adopção de medidas como a proibição da utilização de redes de emalhar de fundo e de arrasto de fundo nas águas da Região Autónoma dos Açores, e mostrou-se favorável «a um modelo de gestão das pescas feito em colaboração com as várias comunidades piscatórias envolvidas e com base nos vários habitats marinhos.»
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