rambling round: this was a small parade of just one feminine "block", named "Pissing Trip". Sunday and tuesday there will be parades of 5 samba schools and 3 "blocks", plus individual masks. I hope it doesn't rain!
Este foi um pequeno desfile com apenas um bloco. Domingo e terça terá lugar o grande desfile com 5 escolas de samba e 3 blocos, para além de máscaras diversas. Oxalá não chova!
O desfile de hoje, Domingo, foi cancelado devido ao mau tempo. Foi uma decisão justificada, e não é nada que não tenha já acontecido noutros locias, e também não tem nada a ver com o facto de ser ou não ser um Carnaval brasileiro. Compreendo que haja quem não goste deste tipo de Carnaval, está no seu direito, mas também há quem goste e trabalhe muito para desfilar. Foi uma coisa que nasceu espontâneamente e que continua mobilizar muitas pessoas — mais do que as formas tradicionais do nosso Carnaval. Mas esta modalidade de Carnaval não impede a tradicional, por isso, quem gostar da outra, está à vontade. Amigo não empata amigo.
Este Carnaval das escolas de samba e blocos carnavalescos é essencialmente uma forma de convívio e socialização, e isso tem muito valor; é isso que mobiliza os participantes, e não interesses financeiros. O facto de ser influenciado pelo Brasil não tem qualquer problema: os povos sempre se influenciaram através das suas manifestações culturais. É normal. Ninguém vai deixar de ser português por participar num Carnaval de influência brasileira.
O que é triste é que hoje, já ninguém se lembra como esta coisa toda do Carnaval “tipo carioca” começou. Começou porque um grupo de pândegos, de amigos, de gente divertida decidiu vestir umas camisolas às riscas e umas calças brancas, depois de fazerem os seus próprios instrumentos, decidirem reunir no Peixoto’s bar para um copo final e concentrar-se frente à farmácia Lopes, partir dali à desfilada pelas ruas de Sesimbra, num gozo infernal ao som de surdos, tarolas, agogos, tamboretes, recos, repeniques e pandeiretas, durante 3 noites e quatro dias, chamando-se a si mesmo “escola de samba”. O impacte nos bares, tabernas, clubes, agremiações e no fígado de cada um, foi enorme. Éramos uma escola de samba – pura piada – escola folgazona, isso sim, era o que éramos. Só que nos anos subsequentes foi-se levando a coisa cada vez mais longe (sempre na base do gozo). Apareceram as miúdas organizadas na inesquecível escola “As Malvadas”, meias despidas, ousadas, malandrecas, cheias de sede tal como a rapaziada e estando-se nas tintas para o frio: era mesmo rua acima e rua abaixo. Depois, depois aquilo bateu no olho de alguém, de uma TV e de uma revista ou jornal. Gente de fora viu o furo e as escolinhas de samba organizadas começaram a aparecer um pouco por todo o lado e em cada terrinha. Caramba, uns surdos e umas tarolas, com umas mocitas a abanar as “bunditas” seriam o maná das territas para chegarem ao mapa da notoriedade. Hoje Sesimbra, tal como o resto do País tem também o seu Carnaval tipo Rio de Janeiro, apesar do frio do caraças, mas foi aqui que a coisa começou, não foi uma caricatura e se ele aparenta isso é porque não pode perder o balanço daquilo que começou. Verdade, muito se desvirtuou, mas caramba, pusemos, melhor, Sesimbra pôs o pessoal deste País a fingir de brasileiros e de brasileiras cheios de frio, sem saberem porque é que andam sob a mira reprovadora do tal Cláudio Ramos…mas nós (Sesimbrense) que sabemos como as coisas aconteceram, deveríamos rir baixinho com um gozo do caraças, porque sabemos que foi da noite dos copos, da boa música, da camaradagem, da boémia, dos amigos que surgiu este “nosso” Carnaval que o resto de Portugal imita. É isto uma glória? Não, mas dá gozo
Caro anónimo: concordo inteiramente com o que escreveu. Na essência do Carnaval, independentemente da forma que assuma, estão questões muito fundamentais como o convívio, a camaradagem, a música, a poesia, o gozo, a brincadeira, o quebrar de regras, a libertação de uma criatividade que a sociedade habitualmente condena. Haverá sempre quem não compreenda isto, porque olha esta celebração do exterior e lhe parece estranha — e, em consequência, procura "normalizá-la", ou simplesmente a condena. Mas não tem importância: acabarão por contribuir, como estereótipos da sociedade dita "séria", para o sucesso do próximo Carnaval.
Sesimbra, por fora e por dentro: as grutas, a fauna cavernícola e a sua ecologia
Ana Sofia Reboleira, Fernando Correia
"Povoadas por inúmeras lendas e mitos, as grutas são cápsulas do tempo que conservam importantes registos para a construção da nossa identidade, dado que os seres humanos aqui se abrigaram nos princípios da humanidade e deixaram vestígios pré-históricos para memória futura da sua presença", explica Sofia Reboleira. "Mas, talvez mais importante que o passado, é dar a saber que estas albergam hoje estranhas formas de vida, permitindo reinterpretar a história da vida na terra e de como ela se transforma para sobreviver em ambientes tão inóspitos e extremos.", afirma ainda a especialista em fauna cavernícola.
"Exatamente por o tema ser tão singular e estranho, tivemos especial cuidado em criar e estruturar esta obra segundo uma linguagem acessível e motivadora, embora funcional e construtiva no edificar de um saber especial", argumenta Fernando Correia. O responsável pela ilustração da obra salienta: "Fizemos um grande esforço para que isso mesmo sobressaísse quer no discurso escrito, quer ao nível visual, por forma a impulsionar a leitura, e, de caminho, ajudar também a promover a exploração do concelho sob outros olhos. Procurámos construir um livro que cativasse e ensinasse de forma entusiástica — mas sem que pareça uma lição ou sem perder a necessária objectividade e correção científica — e onde a forma como se divulga a Ciência mais atual seja a adequada para a multitude de públicos a que a destinámos."
Além do especial cuidado dedicado ao texto escrito por ambos os biólogos (que contempla várias investigações desenvolvidas no concelho), foi feito um grande esforço para ilustrar profusamente o livro com imagens também inéditas, fotografias e ilustrações, esteticamente interessantes e sumamente didáticas (ao qual se adiciona um design sóbrio, mas fluido).
De realçar que as ilustrações são ilustrações científicas e, como tal, criadas propositadamente para complementar e, às vezes, suplementar, o discurso científico da obra, tornando-a, na perspectiva de um todo, muito mais completo e instigante à descoberta.
Os homens do mar de Sesimbra são sábios. Sempre souberam transmitir o seu conhecimento aos aprendizes atentos, aos capazes,
como escreveu Álvaro Ribeiro, de aceitar a audiência antes da evidência. Grau a grau, ou degrau a degrau, se ascende de moço a arrais, passando por companheiro.
Rafael Monteiro
★
Gama, Cão ou Zarco
Não nasceram aqui.
Quem nasceu aqui foi o barco.
António Telmo
Marés em Sesimbra / Tide table [ mare.frbateaux.net ]
Fotos TrekEarth Photos.
Pesqueiros de Sesimbra (fishing sites)
9 Comentários:
Quite colorful and looks like a lot of fun.
rambling round: this was a small parade of just one feminine "block", named "Pissing Trip". Sunday and tuesday there will be parades of 5 samba schools and 3 "blocks", plus individual masks. I hope it doesn't rain!
Este foi um pequeno desfile com apenas um bloco. Domingo e terça terá lugar o grande desfile com 5 escolas de samba e 3 blocos, para além de máscaras diversas. Oxalá não chova!
Encurralaram as crianças no estádio do GDS e cancelaram o desfile de domingo,estão a destruir o carnaval de Sesimbra.
Carnaval despido em Fevereiro é o mesmo que marcar a travessia da baía a nado em Dezembro.
Fiasco,claro!
Carnaval brasileiro em Sesimbra? Vai lá vai, até a pele é de galinha!!
O desfile de hoje, Domingo, foi cancelado devido ao mau tempo. Foi uma decisão justificada, e não é nada que não tenha já acontecido noutros locias, e também não tem nada a ver com o facto de ser ou não ser um Carnaval brasileiro. Compreendo que haja quem não goste deste tipo de Carnaval, está no seu direito, mas também há quem goste e trabalhe muito para desfilar. Foi uma coisa que nasceu espontâneamente e que continua mobilizar muitas pessoas — mais do que as formas tradicionais do nosso Carnaval. Mas esta modalidade de Carnaval não impede a tradicional, por isso, quem gostar da outra, está à vontade. Amigo não empata amigo.
Este Carnaval das escolas de samba e blocos carnavalescos é essencialmente uma forma de convívio e socialização, e isso tem muito valor; é isso que mobiliza os participantes, e não interesses financeiros. O facto de ser influenciado pelo Brasil não tem qualquer problema: os povos sempre se influenciaram através das suas manifestações culturais. É normal. Ninguém vai deixar de ser português por participar num Carnaval de influência brasileira.
O que é triste é que hoje, já ninguém se lembra como esta coisa toda do Carnaval “tipo carioca” começou.
Começou porque um grupo de pândegos, de amigos, de gente divertida decidiu vestir umas camisolas às riscas e umas calças brancas, depois de fazerem os seus próprios instrumentos, decidirem reunir no Peixoto’s bar para um copo final e concentrar-se frente à farmácia Lopes, partir dali à desfilada pelas ruas de Sesimbra, num gozo infernal ao som de surdos, tarolas, agogos, tamboretes, recos, repeniques e pandeiretas, durante 3 noites e quatro dias, chamando-se a si mesmo “escola de samba”.
O impacte nos bares, tabernas, clubes, agremiações e no fígado de cada um, foi enorme. Éramos uma escola de samba – pura piada – escola folgazona, isso sim, era o que éramos.
Só que nos anos subsequentes foi-se levando a coisa cada vez mais longe (sempre na base do gozo). Apareceram as miúdas organizadas na inesquecível escola “As Malvadas”, meias despidas, ousadas, malandrecas, cheias de sede tal como a rapaziada e estando-se nas tintas para o frio: era mesmo rua acima e rua abaixo.
Depois, depois aquilo bateu no olho de alguém, de uma TV e de uma revista ou jornal.
Gente de fora viu o furo e as escolinhas de samba organizadas começaram a aparecer um pouco por todo o lado e em cada terrinha. Caramba, uns surdos e umas tarolas, com umas mocitas a abanar as “bunditas” seriam o maná das territas para chegarem ao mapa da notoriedade.
Hoje Sesimbra, tal como o resto do País tem também o seu Carnaval tipo Rio de Janeiro, apesar do frio do caraças, mas foi aqui que a coisa começou, não foi uma caricatura e se ele aparenta isso é porque não pode perder o balanço daquilo que começou. Verdade, muito se desvirtuou, mas caramba, pusemos, melhor, Sesimbra pôs o pessoal deste País a fingir de brasileiros e de brasileiras cheios de frio, sem saberem porque é que andam sob a mira reprovadora do tal Cláudio Ramos…mas nós (Sesimbrense) que sabemos como as coisas aconteceram, deveríamos rir baixinho com um gozo do caraças, porque sabemos que foi da noite dos copos, da boa música, da camaradagem, da boémia, dos amigos que surgiu este “nosso” Carnaval que o resto de Portugal imita.
É isto uma glória? Não, mas dá gozo
Caro anónimo: concordo inteiramente com o que escreveu. Na essência do Carnaval, independentemente da forma que assuma, estão questões muito fundamentais como o convívio, a camaradagem, a música, a poesia, o gozo, a brincadeira, o quebrar de regras, a libertação de uma criatividade que a sociedade habitualmente condena. Haverá sempre quem não compreenda isto, porque olha esta celebração do exterior e lhe parece estranha — e, em consequência, procura "normalizá-la", ou simplesmente a condena. Mas não tem importância: acabarão por contribuir, como estereótipos da sociedade dita "séria", para o sucesso do próximo Carnaval.
Tripa Cagueira e Tripa Mijona são imagem de marca do bom gosto deste carnaval de Sesimbra.
Apoiado tripas dessas são uma vergonha para sesimbra.
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